Mirian Souza, moradora do quilômetro 80 da Estrada Transacreana, tem na horticultura sua principal fonte de renda. É com a produção de alface, couve, salsa, pimenta-de-cheiro, maxixe e cheiro-verde, comercializada três vezes por semana no Mercado Elias Mansour, em Rio Branco, que ela sustenta as sete pessoas de sua família.
Mirian quer construir mais casas de vegetação e aumentar sua área de cultivo. O problema é a falta de dinheiro para adquirir o material.
“Minha vontade é ampliar, fazer irrigação, comprar a cobertura e uma bomba para jogar água. Hoje só tenho 30 metros e existem muitas verduras descobertas que são prejudicadas pelas chuvas ou pelo calor muito forte”, explica.
É esse tipo de situação que o Dia do Crédito, instituído pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), quer resolver.
Na manhã desta segunda-feira, 26, Mirian e dezenas de outros produtores participaram da atividade realizada na Associação de Produtores Rurais do Projeto de Assentamento Itamarati, às margens da Transacreana.
Com a presença de técnicos do governo e representante do Banco da Amazônia, os produtores familiares, interessados em acessar o crédito agrícola, tiveram a oportunidade de tirar todas as dúvidas sobre financiamento.
“Os produtores precisavam de uma parceria como essa. Antigamente a gente tinha que ir atrás do governo e dos bancos, hoje estamos recebendo esses representantes aqui na nossa comunidade”, destaca Claudenor dos Santos, presidente da associação de produtores.
Mutirão para elaboração de projetos na próxima semana
O objetivo do Dia do Crédito é agilizar o acesso aos financiamentos. Por isso, o envolvimento de produtores, governo e instituições financeiras.
O próximo passo já tem data marcada. Na quinta-feira da próxima semana, 6 de outubro, técnicos do governo irão discutir com a comunidade as linhas de financiamento que cada família pode acessar e já elaborar os projetos que vão ser enviados ao Banco da Amazônia.
“Aqui envolvemos todos os atores necessários para agilizar o crédito. Queremos no prazo mais curto possível voltar à essa comunidade já para assinar a liberação dos recursos que são de suma importância para o crescimento da produção e a melhoria da qualidade de vida dessas famílias da Transacreana”, diz Lourival Marques, secretário da Seaprof.
