Ação é resultado da Política de Valorização do Ativo Ambiental e irá beneficiar duas mil famílias em 2009
O Governo do Estado, através da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) realiza, nesta sexta-feira, 20, às 9 horas, na Escola Braz de Aguiar – Cruzeiro do Sul – o pagamento da primeira parcela, no valor de R$ 250, do bônus às famílias de cinco comunidades dos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima que aderiram ao Programa de Certificação das Unidades de Produção Sustentável.
O Programa faz parte da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Acre que pretende garantir a preservação e a sustentabilidade das florestas acreanas, com mecanismos de incentivo à produção agroflorestal e reincorporação de áreas desmatadas. Portanto, busca-se estabelecer um processo produtivo baseado na geração de renda e soberania alimentar e, ao mesmo tempo, a conservação dos recursos naturais.
Além do bônus, o produtor terá, ao aderir ao programa, acesso prioritário em serviços públicos, assistência técnica especializada e uma nova relação com o Estado a partir da Rede de Assistência Técnica e Extensão Rural (Rede Ater). Quando incluído no programa, o produtor estará atuante diante das mudanças climáticas globais, promovendo o uso racional dos recursos naturais, solo e água.
Nesta primeira etapa, 62 agricultores familiares de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Mâncio Lima receberão a ordem de pagamento do bônus. São 23 famílias do Pólo Agroflorestal Mâncio Lima, 22 do Pólo Agroflorestal Rodrigues Alves e 23 das Vilas São Pedro e Alto Pentecostes, de Cruzeiro do Sul.
A certificação, segundo o diretor técnico da Seaprof, Ronei Santana, tem quatro níveis – adesão, certificação básica, intermediária e plena – e demanda cerca de nove anos para consolidar-se. No primeiro e segundo ano, o bônus é de R$ 500. No terceiro, quarto e quinto é de R$ 600.
As áreas prioritárias para implementação dessa política estão sendo as de influência direta das BRs 364 e 317 e rodovias estaduais; áreas ocupadas pela agricultura familiar em projetos de assentamento, pequenos produtores em posse e grandes pecuaristas, além de áreas florestais de seringais. O lema dessa política é "vivendo na floresta, da floresta, com a floresta".