Extrativistas de diversas comunidades do Acre e instituições que apoiam a cadeia produtiva da borracha se reuniram nesta quarta, 16, na Escola da Floresta, em Rio Branco. Foi elaborado o planejamento estratégico para fortalecer a produção no estado. “Existe o desafio grande de tornar a atividade mais rentável”, afirmou Alexandre Lins, consultor do WWF/Brasil e mediador da oficina.
Há comunidades que têm boa renda com a atividade. É o caso da Associação Curralinho, em Feijó. O presidente, Antonio Barroso, o “seu Dudu”, explica que produzem a FDL (folha defumada líquida), que é uma forma de beneficiar o látex na própria floresta. “Os associados que trabalham com essa atividade estão indo muito bem e ganhando seu dinheirinho”, relatou.
No entanto, encontrar comprador e preço compatíveis para todos é a principal missão. “A gente tá buscando alternativas, novos trabalhos e melhorar o preço para os produtores”, comentou Edvilson Gomes, o “Tabota”, técnico florestal da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
Também são instituições que apoiam a cadeia produtiva da borracha no Acre: WWF, Embrapa, Sebrae, ICMBio, Ufac, Funtac, Conab, CNS/AC, Incra, MDA, CDSA e prefeituras. Ao final do encontro devem sair propostas de ações articuladas que cada uma poderá desenvolver para fortalecer a produção.
A meta é potencializar a atividade que fixa o seringueiro na floresta, gera renda e também evita a derrubada de árvores. “Toda população tradicional que conservou as florestas no Estado do Acre são pessoas que têm história com a seringueira. E preservar as florestas, com populações trabalhando é o nosso objetivo,” ressaltou Ricardo Mello, coordenador-adjunto do Programa Amazônia/WWF.