Produtores de Porto Acre e Senador Guiomard aderem ao Programa de Certificação

Ao todo já são 2.100 famílias inseridas no Programa de Certificação da Propriedade Rural Sustentável em todo o Estado

entrega_de______bnus.jpg

entrega_de______bnus_2.jpg

Há quatro níveis de certificação e os produtores recebem, além de dinheiro e outros incentivos, acesso a crédito e prioridade nos programas de governo (Foto: Assessoria/Seaprof)

Produtores dos Projetos de Assentamento Caquetá e Porto Alonso, localizados nos municípios de Porto Acre e Senador Guiomard, compareceram ao ato de pagamento do bônus do Programa de Certificação da

Propriedade Rural Sustentável nesta terça, 16. O programa faz parte da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal do Acre criada para fomentar atividades que aumentem a qualidade do meio ambiente, por conseguinte, qualidade de vida para as comunidades rurais e seus reflexos em uma Amazônia saudável e protegida por políticas públicas adequadas.

Ao todo 46 famílias receberam a primeira parcela do bônus da certificação da propriedade no valor de R$ 250 as quais adotam práticas de produção sustentável. Há quatro níveis de certificação e os produtores recebem, além de dinheiro e outros incentivos, acesso a crédito e prioridade nos programas de governo.

A coordenadora do Programa de Certificação da Propriedade Rural Sustentável, Marlene Jardim Medeiros, lembrou que mais de 2 mil famílias já são atendidas pelo Programa no Acre e que "além do bônus, ele alia melhoria na produção com sustentabilidade".

Marlene Jardim revela que ao todo já são 2.100 famílias inseridas no Programa de Certificação da Propriedade Rural Sustentável em todo o Estado, desse total 350 já protocolaram na Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) os planos das Unidades Produtivas que elaboram e estão executando. A coordenadora adiantou ainda que 22 famílias já receberam o bônus referente ao primeiro ano de execução do Programa de Certificação.

Certificação evita o uso do fogo

Na certificação, os produtores aderem ao programa de forma voluntária e firmam um acordo com o Governo, se comprometendo a recuperar áreas alteradas, regularizar o passivo ambiental e abrir mão do uso do fogo na agricultura. Em troca o Governo do Estado oferece alternativas e recursos para que a produção se torne sustentável: como mecanização, acompanhamento técnico, planejamento estratégico com análise de potencialidades produtivas, auxílio para a implantação de roçados sustentáveis e tecnologias para recuperação de áreas degradadas. Quem adere ao programa recebe o incentivo do pagamento de bônus, um estímulo que o Governou criou para oferecer melhores condições aos produtores.

Com a adesão, todos se beneficiam. "O meio ambiente ganha porque vai ter áreas recuperadas, os agricultores não usarão o fogo e o passivo será regularizado. Ganha a sociedade à medida que os produtores familiares alcançam melhor qualidade de vida, passam a trabalhar menos utilizando as tecnologias empregadas e a ter um ganho econômico maior. E todos ganham também em termos organizacionais, já que os produtores são incentivados a se reunirem em associações e cooperativas", explica o secretário Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Nilton Cosson.

O uso do fogo na agricultura é uma prática cultural enraizada nos costumes do homem do campo. A terra é queimada para dar espaço a uma nova plantação ou mesmo para a limpeza de áreas antes de novos roçados serem implantados. Mudar o hábito do produtor, substituindo o velho modo de fazer por práticas sustentáveis, é um dos desafios que integram a consolidação da Política de Valorização do Ativo Ambiental Florestal.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter