Produtoras rurais se organizam em grupos para fortalecer a comercialização

O aumento da ocupação das mulheres nas funções públicas e de sua atuação nos espaços comunitários desconstrói o papel de submissão atribuído historicamente a elas. A ampliação da participação das mulheres rurais nas políticas de apoio à agricultura familiar tem como foco a conquista de uma maior independência financeira. 

 

Maria das Graças é presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar e Economia Solidária de Capixaba (Foto: Terezinha Moreira/Seaprof)

Maria das Graças é presidente da Cooperativa de Agricultura Familiar e Economia Solidária de Capixaba (Foto: Terezinha Moreira/Seaprof)

O secretário de Produção, Lourival Marques Filho, explica que a organização em grupos produtivos vem sendo incentivada pelo governo do Estado como forma de fortalecer a capacidade produtiva e minimizar os problemas enfrentados na etapa de comercialização pelos produtores rurais. “No caso das produtoras, esse aspecto é ainda mais importante para a integração nos programas de desenvolvimento rural, cujo público são os produtores da agricultura familiar”, explica Lourival Marques.

 

Um exemplo é o da Cooperativa de Agricultura Familiar e Economia Solidária de Capixaba, a Cooperativa Terra Verde, localizada no Projeto de Assentamento Alcoolbras, Ramal Antônio Costa, comandada pela produtora Maria das Graças Santos da Silva, que tem 23 cooperados.

Ela conta que o trabalho se iniciou com a mobilização das mulheres para os cuidados de saúde, como a prevenção do câncer do colo do útero. Para perceber a necessidade das mulheres de terem uma renda, logo criaram um espaço, localizado na entrada do ramal que dá acesso ao projeto de assentamento, na BR-317, para comercializar a produtos confeccionados pelas mulheres.

Graça, que está à frente da cooperativa há quatro anos, tem uma história de envolvimento com movimentos sociais, como a Rede Acreana de Mulheres e Homens do Acre, e explica que hoje a entidade apoia seus cooperados desde a negociação de crédito com os bancos até a sua inserção nas políticas governamentais.

Ela conta as conquistas da cooperativa, como a obtenção de um caminhão para dar apoio ao escoamento da produção, e planos para o futuro não faltam. Ela explica que já está tudo encaminhado junto ao governo do Estado para a implantação de uma padaria. A produção terá como destino o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Outra meta é a de um abatedouro de aves para agregar valor à comercialização de galinha caipira, produção fomentada pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar.

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