Cada hectare plantado com coco rende pelo menos R$ 10 mil por ano para o produtor rural. A meta é plantar 200 mil mudas de coco, fechando o ano com 120 mil pés plantados. O plantio é uma das apostas do governo Tião Viana para gerar renda no campo, melhorar a qualidade de vida das famílias, estimular a economia e criar algo até então novo entre os agricultores familiares: uma classe média rural.
O projeto já saiu do papel e está ganhando mais que formas: ganha vida em solo adubado e preparado com calcário. Segundo o secretário de Agricultura e Pecuária, Mauro Ribeiro, 30 mil mudas de coco já saíram do município de Souza, na Paraíba, e estão no Acre. Mais 20 mil devem chegar nas próximas semanas. O produtor Francisco Emerson Alves de Farias, 35, de Mâncio Lima, comprou a ideia, preparou a terra e recebeu do governo do Estado, além das mudas, ajuda para a abertura das covas – feitas de forma mecanizada -, tratamento fitossanitário e a adubação da terra.
“Para a gente isso é algo novo, mas a expectativa é de aumentar bastante a renda da propriedade, até porque o coco pode ser consorciado com outras espécies, e é isso que nós vamos fazer aqui”, disse Francisco. O vice-governador César Messias explicou que, por semana, chegam a Rio Branco duas carretas com cocos vindos do Rio Grande do Norte.
“Nós já temos o hábito de consumir o coco, mas não plantamos o suficiente. Em cada hectare o produtor tem como tirar R$ 10 mil por ano, no mesmo espaço que ele cria um gado que dá a ele um bezerro de R$ 500 no mesmo período. Queremos diversificar a produção, oferecer novas oportunidades para o agricultor e melhorar a economia do Estado. Isso é possível dessa forma, num esforço entre os governos federal, estadual e municipal”, disse.
Segundo o governador Tião Viana, a aposta no plantio de coco é uma das estratégias para fomentar uma classe média no campo: “O nosso objetivo é garantir 600 hectares plantados com coco e atingir 120 mil mudas plantadas até o fim deste ano. É uma oportunidade de renda para o produtor, que pode ser agregada a outras culturas como o feijão, café, macaxeira ou milho e que abastece o consumo acreano. Isso é mais qualidade de vida para o agricultor familiar e a mão estendida do governo para o produtor, em parceria com a presidente Dilma”.
A cadeia produtiva do coco será desenvolvida prioritariamente em Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul. O prefeito de Rodrigues Alves falou da importância do projeto. “É uma forma de o produtor diversificar a produção e ter uma renda melhor.”
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