Primeira-dama e gestores participam de agenda de cooperação em La Paz

No restaurante o chef Daniel Arni explicou o desenho da grade de formação (Foto: Rose Frias/Secom)

Para promover a integração socioprodutiva gastronômica com o Peru e a Bolívia, a primeira-dama Marlúcia Cândida participa de agenda em La Paz, na Bolívia, até quinta-feira, 16, que incluí visitas a projetos e encontros com representantes de instituições de financiamento que promovem o setor. Acompanham Marlúcia, a secretária de Turismo Rachel Moreira  e a coordenadora de gastronomia, Patrycia Lopes Coelho.

Como uma das ações do programa de gastronomia e hospitalidade promovido pelo governo do Estado essa é a terceira agenda realizada com visitas em escolas de formação na área. A primeira ocorreu em setembro de 2016, em Lima, durante um dos maiores eventos de gastronômicos do Peru, a Feira Mistura, organizada para mostrar a rica biodiversidade e riquezas do país.

Outra ação foi o encontro do governador Tião Viana e Marlúcia Cândida com Kimbal Musk, dono da rede de restaurantes The Kitchen Cafe, LLC, no Colorado.

Visita a iniciativas gastronômicas

O roteiro em La Paz iniciou na segunda-feira, 13, com visitas em duas das dez escolas do Manq’a- Gastronomia local para um futuro melhor. O grupo foi assessorado por Beatriz Garcia, uma das consultoras do projeto.

Na primeira escola, com novas turmas iniciando, os professores explicaram como é desenvolvido o projeto e mostraram os espaços de convergência. Já no segundo espaço, onde funciona cozinha e restaurante, o chef Daniel Arni explicou sobre a formação.

Agenda envolveu encontro com o embaixador do Brasil na Bolívia, Raymundo Magno (Foto: Rose Farias/Secom)

“Além de o aluno aprender a cozinhar são ensinadas habilidades em serviço, gerenciamento de restaurante, empreendedorismo e como iniciar seu próprio negócio”, disse.

Após as visitas, o grupo participou de um encontro com o embaixador do Brasil na Bolívia, Raymundo Magno, que se mostrou interessado nas possibilidades de negócios entre Bolívia e Acre.

“A iniciativa é interessante por envolver jovens de baixa renda. Além disso, fomenta o empreendedorismo, promove a gastronomia, os produtos da cadeia local e hábitos alimentares saudáveis. O programa de gastronomia do Acre apresenta essas premissas”, comentou Marlúcia Cândida.

Cooperação e consultorias

Na terça-feira, 14, a reunião foi com a coordenadora regional do ICCO Cooperação Sulamérica, Conny Toornstra e com o coordenador do Manq’a, Ariel Tito.

Marlúcia Cândida apresentou o programa de gastronomia e sociobiodiversidade  e um vídeo sobre os principais projetos desenvolvidos pelo governo do Acre.

Professores apresentaram o Manq’a e os espaços de convergência (Foto: Rose Farias/Secom)

“Estamos buscando as parcerias para ajudar a construir o conceito da Escola de Gastronomia, que será implantada na Cidade do Povo. A ideia é envolver os vizinhos peruanos, bolivianos e amazônidas. Entendemos que podemos ser uma referência no setor e criarmos um elo de desenvolvimento dessas populações”, explicou Marlúcia.

Em seguida, Ariel Tito mostrou o conceito do Manq’a, além de outras ações para promover a riqueza e identidade da comida boliviana.

Conny Toornstra comentou que já conhece a missão do projeto de desenvolvimento sustentável do governo do Acre. “Estou muito feliz com o que foi apresentado do programa de gastronomia. Me encanta a ideia de cooperação. Estou agradecida e feliz em saber que podemos estar juntos”.

Em março deste ano consultores do ICCO e Manq’a visitam o Acre para dar início ao projeto de cooperação, consultoria e outras ações para a implantação do programa de gastronomia do Acre.

Nesta quarta-feira, 15. O grupo se reúne com Michelangelo Cestari do restaurante Gustu durante toda a manhã. À tarde haverá o encontro com Emíllio Uquillas, representante do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) na Bolívia.

Manq’a – inclusão, oportunidade e sustentabilidade

Manq’a, “alimento” em Aymara, é um projeto de escolas de culinária que busca criar oportunidades para jovens bolivianos de baixa renda com apreço e consumo de produtos locais. Além disso, as escolas Manq’a fazem parte da Integração Movimento Gastronômico Boliviano (Miga), que visa promover a riqueza e herança da comida local.

A inspiração para o projeto nasceu da visão de cozinheiro dinamarquês Claus Meyer. Ao todo são dez escolas em La Paz em funcionamento com a capacitação de 3.500 jovens.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter