De acordo com relatório do Sipam, áreas como os municípios de Assis Brasil e Brasiléia registraram até 75% a mais de chuva do que o considerado normal para o período neste ano
Mais chuvas para a cabeceira do rio Acre é a previsão da meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) para os próximos quinze dias. Desde janeiro, áreas como os municípios de Assis Brasil e Brasiléia registraram até 75% a mais de chuva do que o considerado normal para o período. Situação que na última semana evoluiu para o restante da bacia do rio, causando cheias ao longo de seu curso e até a decretação de estado de emergência na capital.
Isso acontece porque o rio é considerado "nervoso", o que de acordo com a terminologia técnica, significa que a bacia pequena responde rapidamente a eventos de chuva intensa e concentrada. Nos últimos dias, choveu muito em pouco tempo. A estação de Cobija, por exemplo, registrou o acumulado de 100 milímetros apenas no dia 10 de abril. No mesmo dia, Rio Branco apresentou 68 milímetros. "A instabilidade foi causada pelo fenômeno de Zona de Convergência do Atlântico Sul aliado a frente fria vinda do sul do país", explica o meteorologista Luiz Alves. Como ainda existem frentes frias atuando na costa do Brasil, é possível esperar ainda mais chuvas para o Acre.
