Intensificação de agentes de endemias nas visitas domiciliares, mutirões de limpeza nos bairros, bloqueios químicos em casos de notificações. Essas são algumas das ações que fazem parte do Plano de Intensificação das Ações de Combate ao Ades aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, anunciado pelo prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre e pela governadora em exercício Nazareth Araújo em ato na manhã desta sexta-feira, 11.
“Temos um vírus novo, e isso demanda uma intensificação no trabalho. Chamamos os agentes de endemias, agentes comunitários de saúde, de vigilância sanitária e equipe de serviços urbanos para fazer um grande mutirão nos bairros que registram índice de infestação que nos preocupam, para fazer um trabalho de limpeza com larvicidas e, principalmente, promover a conscientização da comunidade”, destacou o prefeito.
Marcus Alexandre frisou que 70% dos focos do Aedes aegypti estão em caixas colocadas no chão, utilizadas pela população para armazenar água.
“Precisamos do apoio da população, como nós tivemos nos últimos anos, para que possamos manter Rio Branco sem a presença do zika vírus”, declarou.
A governadora Nazareth Araújo declarou que o governo do Estado está se unindo às prefeituras e à população para que no Acre o mosquito não tenha espaço para se proliferar e transmitir doenças.
“Pedimos à população que abrace essa causa junto com as políticas públicas que estamos estabelecendo. Nós já definimos ações que serão executadas na região do Alto Acre, Vale do Juruá, para ampliar os debates. Começar isso antes do período de chuvas intensas é fundamental”, observa Nazareth Araújo.
Acre já tem unidades sentinelas
O secretário de Estado de Saúde, Armando Melo, lembrou que o Acre já estabeleceu, com base nas determinações do Ministério da Saúde, cinco unidades de saúde sentinela, ou seja, unidades que são referência no atendimento a pacientes com sintomas que se enquadrem em dengue, chikungunya e zika vírus.
“Em Rio Branco temos três unidades: o Hospital de Urgência e Emergência (Huerb) e duas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) a do Segundo Distrito e do Tucumã. No Alto Acre temos o Hospital Raimundo Chaar e no Juruá, o Hospital Regional do Juruá. As equipes dessas unidades já passam por capacitação para atender essa demanda e assim, facilitar nosso trabalho de identificação de possíveis casos dessas doenças”, afirmou.
Armando Melo disse ainda que em casos de suspeitas de algumas dessas enfermidades o procedimento padrão consiste na coleta de sangue do paciente, acompanhamento pela equipe de Vigilância Epidemiológica e bloqueio químico na área onde vive o paciente.
“Os exames são encaminhados para o Instituto Evandro Chagas, no Pará. Mas é importante ressaltar que no Acre não temos casso confirmados de zika vírus ou chicunkunya”, salientou.
Prefeitura criou disque denúncia para identificar locais com criadouros
Além das equipes de saúde da prefeitura e do governo do Estado, prestam suporte a essa operação de combate ao Aedes, o Ministério Público do Estado do Acre (MPE/AC), o Exército Brasileiro, a Defesa Civil estadual e municipal, os órgãos de Segurança Pública, a Assessoria Especial da Juventude e a Secretaria de Políticas para as Mulheres.
O secretário de Saúde do município, Oteniel Almeida, anunciou que a ouvidoria da prefeitura será o canal aberto para a população denunciar locais que tenham criadouros do Aedes aegypti, por meio do 0800 647 15 16. Após identificação do local, uma equipe irá ao imóvel denunciado para verificar se há ou não criadouros do mosquito.
Médico orienta que população busque unidades de saúde em casos suspeitos
O médico infectologista Eduardo Farias palestrou durante do ato de lançamento do plano. Farias pontuou que as três doenças apresentam sintomas semelhantes: febre, dor de cabeça e dor no corpo.
“O que nós indicamos é que ao apresentar quaisquer sintomas desses, o paciente deve procurar imediatamente uma unidade de saúde, principalmente se estiver grávida”, orientou.