O atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), direito garantido a qualquer cidadão brasileiro, é realizado a partir de um modelo baseado na hierarquização das ações e serviços de saúde por níveis de complexidade. A proposta é que casos de menor urgência possam ser resolvidos em instâncias que não cheguem a centros especializados de alta complexidade, a fim de melhorar a eficiência e a eficácia de todo o sistema.
Na dúvida, muitas pessoas acabam recorrendo a hospitais de grande porte (alta complexidade), por desconhecerem os serviços que são oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), o posto de saúde perto de casa e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs’), responsáveis pela demanda de média e baixa complexidade da saúde.
“As unidades de urgência e emergência foram criadas para dar o atendimento imediato à população, casos em que a vida está em risco e precisa dessa assistência de urgência. Casos como febre, vômitos, renovação de receita, pedido de exames e encaminhamento para consultas, por exemplo, são serviços disponíveis nas unidades básicas de saúde e Uraps”, destaca a gerente de assistência da UPA do 2º Distrito, médica Gleiciany Miranda.
A médica reforça ainda que o sistema de saúde é organizado por níveis de atenção para facilitar o tratamento dos pacientes, como forma de promover um melhor atendimento à população, além de desafogar o fluxo do pronto-socorro dos hospitais, que só devem ser procurados em casos de emergência, quanto existe o risco de morte.
“O maior beneficiado com a triagem é o próprio paciente. Na maioria das reclamações por questões de demora no atendimento da UPA feita pelos pacientes, é justamente porque estamos realizando atendimentos que poderiam ter sido feitos na unidade básica de saúde. Por isso contamos com ajuda e compreensão de todos”, diz Miranda.
A UPA se baseia no sistema de classificação de risco que define, por meio de cores, uma prioridade de atendimento e um tempo estimado entre a entrada no serviço de saúde e o atendimento médico. Em Rio Branco, as unidades hospitalares que realizam essa triagem são: Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) do Tucumã, Cidade do Povo e do 2º Distrito, Maternidade Bárbara Heliodora, Hospital da Criança e as unidades básicas de saúde da família.
O que é uma situação de emergência?
Conforme a resolução número 1.451, do Conselho Federal de Medicina (CFM), define-se como emergência quando o agravamento é súbito e imprevisto, necessitando de solução imediata.
Exemplos:
- – Convulsões;
- – Febre Alta (acima de 37ºC);
- – Dor leve e moderada;
- – Diarreia profunda;
- – Fraturas;
- – Envenenamento;
- – Hemorragias.
O que é uma situação de urgência?
Conforme a resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1451/95 do Conselho Federal de Medicina, de 10 de março de 1995, define-se como emergência: o aparecimento ou agravamento é súbito e imprevisto, necessitando de solução imediata – é um estado patológico de agudeza (quadro agudo).
Exemplos:
- – Entorses (lesão produzida por objeto contundente, sem que haja rompimento da pele);
- – Luxações (saída da extremidade de um osso para fora da sua cavidade articular).
O que é uma situação de semiurgência?
Pacientes que necessitam de atendimento médico e de enfermagem o mais rápido possível, porém não correm riscos imediatos de vida.
Exemplos:
- – Problemas respiratórios, cardiovasculares e metabólicos (diabetes);
- – Crise asmática;
- – Diabético apresentando sudorese, alteração do estado mental, visão turva, febre, vômitos, taquipneia, taquicardia e desmaios, entre outros sintomas.