Adotado como política pública de ensino pelo Governo do Estado e executado pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) em parceira com a Fundação Roberto Marinho, o Programa Especial de Aceleração de Aprendizagem do 6° ao 9º ano do Ensino Fundamental – Projeto Poronga, formou na tarde de sexta-feira, 27, no ginásio do Sesc, 873 alunos. Ao todo, sete municípios acreanos foram beneficiados com a ação, que formou 1.677 alunos em 2011.
Criado em 2002, o Poronga tem o objetivo de proporcionar uma educação, onde o aluno aprenda a ser, desenvolvendo valores e resgatando a cidadania, buscando uma formação integral. Neste período, 26.480 jovens receberam seus certificados de conclusão dos ensinos fundamental e médio e 1.500 professores foram formados pela metodologia do Telecurso.
Na ocasião, o governador Tião Viana ressaltou que “participar desse momento de celebração é uma alegria. Hoje constatamos que a realização dos sonhos daqueles que lutaram para reencontrar uma forma de atravessar para o futuro, de buscar oportunidades de emprego e renda e de uma vida diferente. É a consagração do esforço pessoal, da disciplina, coragem e superação”.
Tiao Viana lembrou ainda e agradeceu os governos de Jorge Viana e Binho Marques pelo bom trabalho realizado pela educação do Acre e da parceria de sucesso com a Fundação Roberto Marinho que “enxergou o ser humano, o beneficiando com programas especiais como o Poronga, permitindo aos jovens ficarem longe das drogas, da violência, da corrupção e da falta de ética”.
Para a representante da Fundação Roberto Marinho, Teresa Farias, “no Acre encontramos um governo comprometido com a educação. Nos da FRM somos presenteados com a parceria com gestores públicos a serviço da educação. O Acre é vitrine no cenário nacional no quesito educação de qualidade. Estamos orgulhosos de fazermos parte desta historia de sucesso”.
Segundo o Secretario de Estado de Educação e Esporte, Daniel Zen, o Poronga fundamenta-se em uma proposta de inclusão social, de fortalecimento da autoestima, representando uma tentativa de oportunizar aos alunos em distorção idade/série um ensino de qualidade, preocupado não só com a correção de fluxo, mas com a valorização do ser humano, condição essencial para o êxito no processo de escolarização.
Em dez anos de atuação no Acre, o Poronga coleciona bons resultados, dentre eles, o fato de em 2011 terem funcionado 120 telessalas onde foram atendidos 4.284 estudantes. Neste mesmo período cerca de 140 profissionais (professores e supervisores) foram capacitados nas formações em serviço.
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Poronga formou em 2011 em:
- Sena Madureira – 173 alunos;
- Brasileia e Epitaciolândia – 131 alunos;
- Tarauacá – 230 alunos;
- Feijó – 114 alunos;
- Cruzeiro do Sul – 156 alunos;
- Rio Branco – 873 alunos. {/xtypo_rounded2}
Histórias de vida
Para Adriano da Silva Pinto, “o Projeto Poronga foi uma oportunidade que tive e agarrei com todas as forças, pois os meus pais não tiveram a mesma chance. Estou muito feliz por ter dado esse passo tão grande e importante. O Poronga dará oportunidade aqueles que por algum motivo desistirem do sonho de concluir seus estudos”.
Sheyla Saraiva Ferreira ressaltou estar concluindo uma batalha “pretendo proporcionar um futuro melhor para meus filhos. Agradeço aos idealizadores do Projeto Poronga, por ter acrescentado muitos conhecimentos a minha vida”.
Flávia de Oliveira revela sua felicidade e ter palavras para expressar sua felicidade, “o Poronga me deu oportunidade de continuar meus estudos e melhorar a minha vida. Aprendi que nem tudo na vida está perdido. Tenho orgulho de dizer que fui aluna do Projeto Poronga”.
Sobre o Poronga
O nome dado ao programa remete à lamparina usada pelos seringueiros que, colocada na cabeça, deixa as mãos livres e serve para iluminar o seringal. As atividades do Poronga no Acre contribuíram para a democratização do conhecimento. A distorção idade/série na rede estadual de ensino caiu de 54,12%, em 2002, para atuais 30% no nível fundamental. A adoção do programa possibilitou ainda um aumento do número de alunos que concluem os estudos, redução da idade com que os estudantes terminam o ensino fundamental e crescimento da demanda por mais vagas no ensino médio, além da correção do fluxo escolar.
A secretaria estadual da Educação, que tem várias políticas educacionais de valorização de alunos e professores, reconhece a importância do programa Poronga para alcançar os excelentes resultados alcançados nas avaliações nacionais. Segundo dados do Ideb, os alunos do Acre, do 6º ao 9º ano, estão em 4º lugar no Brasil. Era o último há 12 anos.
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