Projeto vai durar três anos e pretende resgatar sabedoria popular relacionada às ervas medicinais
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 Projeto tem, além da oficina de fitoterápicos que serão levadas a outros bairros do municípios, cursos de informática (Fotos: Onofre Brito/Secom) |
O Ponto de Cultura Resgate da Sabedoria Popular, em Cruzeiro do Sul encerrou a primeira oficina de fitoterapia do projeto que executa em parceria com o Ministério da Cultura (MINC) e Governo do Estado, via Fundação Elias Mansour. Dentre os cursistas, 14 completaram as 80 horas de aula do curso, ministrado pela Pastoral da Saúde, com a coordenação da Irmã Acídia, e receberam certificados alusivos. Mais importante, adquiriram conhecimentos relacionados ao uso de ervas medicinais, que, no dizer dos próprios cursistas, serão de muita utilidade para uso doméstico e para as comunidades a que pertencem.
A cursista Celina Almeida, professora aposentada, considerou muito proveitosa sua participação no curso: "Como mãe de família eu já tinha alguma experiência com ervas medicinais só que a gente fazia, às vezes, de maneira não adequada,sem saber a medida certa,mas agora através da irmã e demais professores aprendemos a fazer sabonetes, xaropes, pomada que servirão para nós e nossos vizinhos".
Irmã Acídia, coordenadora da Pastoral da Saúde e da oficina de fitoterapia trabalha há 25 anos com ervas, dos quais os últimos 18 anos já residindo no Acre. Ela, que é gaúcha, aprendeu com o pai a utilidade das ervas e se orgulha de sua vivência no Acre: "Quero agradecer a Deus por tanta natureza na região, tudo o que precisamos, temos e com minha experiência de Acre acho que conheço mais ervas daqui do que próprio povo daqui". A Irmã Acídia além de possuir horta própria de ervas medicinais para seus remédios, ainda coordena horta comunitária, da Pastoral e da Diocese que fornece as ervas para comunitários e outros que produzem remédios medicinais para uso próprio.
Projeto vai durar três anos
O projeto Resgate da Sabedoria Popular Através da Cura pelas Ervas foi proposto pela Articulação Juruaense de Mulheres (AJM), uma organização não governamental com rico histórico de ações sociais, e deverá durar três anos, com aporte de recursos do Minc no valor de R$ 180 mil. A coordenadora da AJM e do projeto, Rosalina de Oliveira Souza, explica que esta em andamento uma oficina de informática e ainda neste ano haverá mais duas oficinas de fitoterapia, executada em outros bairros, expandindo os conhecimentos para mais gente.
As oficinas contam também com pesquisas de campo sobre as utilidades campos das plantas medicinais e, ao final do projeto, será lançado um livro de receitas regionalizadas baseadas nos saberes populares sobre plantas medicinais. Em Cruzeiro do Sul existe mais um ponto de cultura, cujo projeto é tocado pelo Centro Educacional Adiles Nogueira Maciel e outro em Rodrigues Alves focado em cultura popular.
