Com 550 metros, esta será a maior ponte do estado e terá quatro faixas de rolamento
A construção da ponte do Juruá continua em ritmo acelerado. São 344 homens trabalhando duro para entregar a obra até o final de dezembro. Nesta semana estão sendo finalizadas as lajes dos dois vãos laterais, um com 120 metros e outro com 135 metros na fase de trabalho denominada de superestrutura. Numa única operação foram lançados 150 m³ de concreto sobre o segundo trecho da pré-laje do vão de acesso do lado do bairro da Lagoa. Para levar o concreto até o alto da ponte foi utilizada uma potente bomba que empurra a massa através de tubulações e um guindaste com uma caçamba com capacidade de um metro cúbico.
Segundo o engenheiro responsável pela ponte do Juruá, Ronaldo Alves Pereira, o cronograma de obras vai até dezembro de 2010. "Nós estamos tentando cumprir esta data, que até agora não foi modificada. Não temos nenhum atraso decorrente da entrega das estruturas metálicas pelo nosso fornecedor", comentou.
Os acessos da ponte também já estão bem adiantados. Está sendo feito o aterro na cabeceira da ponte do lado do Miritizal e no início de setembro será iniciado o aterro do lado da Lagoa. No entanto, alerta o engenheiro, o caminho crítico, a parte mais difícil e mais demorada, é a parte estaiada e a torre. A torre terá 52 metros. Quando estiver concretada na altura dos 22 metros tem o início dos estaios. À medida que a torre for subindo e colocando os tubos forma, serão instalados os cabos que sustentarão as aduelas metálicas, montadas simultaneamente uma de cada lado, ligadas pelos cabos da ponte.
Dados da ponte
A Ponte do Juruá é uma obra do Ministério dos Transportes e do Governo do Estado do Acre que nela investem R$ 122 milhões, incluindo aí as obras dos acessos que somam 12,4 km de estrada asfaltada, no trecho chamado ‘Variante’ que liga Cruzeiro do Sul à BR-364. Com 550 metros será a maior ponte do estado e terá quatro faixas de rolamento. Ao final da obra terão sido utilizadas mais de mil toneladas de aço.
O auxiliar de operador de guindaste, Madson da Silva Menezes, há dez meses trabalha na obra e sente-se orgulhoso. Cruzeirense, ele trabalha tranquilamente, suspenso a uma altura de 20 metros, mas garante que não tem medo nenhum de altura, acostumado que estava desde criança a subir nos pés de açaí. Ele conta que antes da obra da ponte tinha que se contentar com diárias de R$ 20,00 ou R$ 30,00 e agora ganha melhor, podendo oferecer melhor qualidade de vida à família além de estar aprendendo muita coisa nova. Ele conta que seus filhos também ficam orgulhosos em vê-lo trabalhando na ponte. "Eu me sinto orgulhoso de estar trabalhando. Estou dando tudo de mim, sempre torcendo para que a ponte fique pronta".
Galeria de Imagens