Os investimentos do governo do Acre ao longo dos últimos anos na área da produção familiar em todo o estado têm contribuído para o fortalecimento da produção, ampliação da renda dos produtores familiares e, consequentemente, a melhoria da qualidade de vida da população rural acreana.
O governo estadual, por intermédio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), investiu mais de R$ 96 milhões, mas o sucesso da produção familiar depende das parcerias com outras instituições, sejam ou não do governo.
Uma das principais preocupações quando se fala em garantias de produção é com o escoamento do que é produzido pelos cerca de 40 mil produtores familiares do Acre.
No Juruá, grande parte dos legumes, frutas e verduras consumidos nos municípios da região é proveniente do trabalho de produtores ribeirinhos, que usam os rios para escoar sua produção.
Em Cruzeiro do Sul, a construção de um Polo Naval fez com que os produtores ribeirinhos daquela região tivessem mais facilidade para a aquisição de embarcações e o conserto de motores para o tráfego dos rios do Juruá.
O governo já investiu mais de R$ 260 mil, por meio do Proacre, na aquisição de equipamentos para a Cooperbajola (Cooperativa dos Produtores de Barcos e Canoas do Juruá). São 45 famílias beneficiadas diretamente com a parceria.
Milhares de peças e barcos já foram construídos no Polo Naval
O balanço 2013-2015 demonstra a importância dos produtos fabricados no local para atender a demanda de quem viaja pelos rios do Juruá.
Foram vendidos cerca de 50 mil hélices de motor, 30 bajolas, um rebocador e três mil quilos de anilhas, além do conserto de mais de 10 mil motores, acabamento e montagem de 288 barcos de madeira e 180 de alumínio, fabricação de 270 peças em torno mecânico, 150 parafusos de prensa para casas de farinha e 400 tampas para motor de pequenas embarcações.
Nivaldo dos Santos já está há 20 anos no ramo naval e conta que a construção do polo e os equipamentos doados pelo governo mudaram a vida de quem trabalha construindo barcos e peças para motores.
“Nossa vida mudou depois que construíram essa estrutura, que é de fácil acesso ao ribeirinho tanto na época do verão quanto das cheias. A outra mudança veio quando nos organizamos, recebemos os equipamentos doados pelo governo e passamos a oferecer um trabalho profissional”, destaca Santos.