José Castelo Branco teve a prisão preventiva decretada pela Vara do Tribunal do Júri e sofre processo administrativo para apurar má conduta
O policial civil José Castelo Branco Ribeiro, 50, foi encaminhado à Unidade de Recuperação Social Francisco d´Oliveira após ser preso nesta terça-feira, 17, por agentes da corregedoria-geral de Polícia Civil. Castelo Branco é acusado de matar com oito tiros o fiscal de obras Gildecir Bonfim Mendonça em um bar do bairro Nova Esperança, em Rio Branco, no último domingo, 15. Da abertura do inquérito até a prisão de Castelo Branco foram apenas 48 horas. Para isso, foram mobilizados todos os setores da Polícia Civil, que levantou provas técnicas, testemunhais e periciais em dois dias para fortalecer o pedido de prisão.
A prisão preventiva de Castelo Branco foi decretada pela juíza da Vara do Tribunal do Júri do Fórum Barão do Rio Branco Maha Manasfi, que acatou a solicitação feita pelo delegado corregedor André Monteiro. "O processo está repleto de provas", afirmou o corregedor. "Foram ouvidas cerca de quinze testemunhas e coletadas todas as provas necessárias para a prisão do acusado", completou o secretário de Estado da Polícia Civil, Emylson Farias, em entrevista coletiva após apresentação do policial à imprensa.
Castelo Branco ficou dois dias desaparecido na tentativa de fugir da prisão em flagrante, mas ao entregar-se à polícia os agentes lhe deram voz de prisão apresentando o mandado judicial.
A prisão do acusado, segundo Emylson, deixa claro que a Polícia Civil não permitirá desvio de conduta. Caso seja condenado por homicídio qualificado, o agente poderá passar de doze a trinta anos na prisão. A corregedoria abriu processo administrativo que pode culminar com a demissão de Castelo Branco, policial há 24 anos.