Policiais militares em serviço param a viatura, descem e jogam bola com pessoas da comunidade. Cenas como essa são rotineiras na atuação da Polícia Militar do Acre (PMAC) em todo o estado e ganham cada vez mais espaço até em redes sociais. E com o intuito de aprimorar o trabalho preventivo, militares da corporação receberam nesta quarta-feira, 23, uma palestra sobre policiamento comunitário.
Com o auditório do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) lotado, olhos atentos e compenetrados, canetas em mão anotando as informações, 73 militares (56 oficiais e 17 praças) foram contemplados com a palestra Reflexões Dialógicas sobre Polícia Comunitária. Estiveram presentes ao evento profissionais de alto comando e policiais da Coordenaria de Policiamento Comunitária da corporação, em Rio Branco.
O principal palestrante foi Sebastião Carlos da Silva, tenente-coronel da Polícia Militar do Mato Grosso (PMMT), bacharel em Segurança Pública, mestre em Sociologia, especialista em Políticas de Segurança Pública e Diretos Humanos e Gestão em Segurança Pública, além de ser autor do livro Polícia Comunitária em Mato Grosso: Tensão entre Estado e Sociedade.
O tenente-coronel Carlos destacou a importância do evento para as corporações militares estaduais. “A polícia comunitária é a essência, o verdadeiro papel de polícia, de preservação da ordem pública. É a atividade e filosofia organizacional que prevê a parceria da Polícia Militar com a sociedade civil organizada, para que juntos possam resolver os problemas que a polícia sozinha não consegue”, explicou.
O oficial ainda destacou o papel significativo do diálogo entre as forças de segurança pública. “Aqui posso compartilhar, com os profissionais do Acre, a experiência do que estamos vivenciando no Mato Grosso, com uma reação bastante produtiva da sociedade, através do Conselho de Segurança, que acaba entrando de vez na seara da segurança pública, para discutir e fomentar as políticas públicas”, observou o militar.
O subcomandante-geral da PMAC, coronel Luciano Fonseca, destacou que o seminário faz parte do planejamento da corporação. “Estamos aqui cumprindo mais uma etapa do nosso plano estratégico, que é a implantação da filosofia de polícia comunitária nos cursos de formação e dos oficiais. É uma fase significativa do plano, pois traz a experiência de outras polícias, sensibilizando e compartilhando boas práticas que servem de exemplo”, enfatizou.