Uma ação bem articulada entre a Polícia Civil de Cruzeiro do Sul e a Delegacia Itinerante, com sede em Rio Branco, culminou na prisão de quatro pessoas especializadas em roubo de joias e no indiciamento do joalheiro Bonabyuy Aranha, 43, por receptação.
Segundo a investigação do delegado Elton Futigami (Regional do Juruá), no dia 3 deste mês, o bando, liderado por Rogério Ferreira Lima, 21, aplicou uma sequência de furtos em residências de alto padrão nos bairros João Alves, Cohab e Artur Maia, em Cruzeiro do Sul.
Usando arma de fogo, os acusados entraram na casa do vice-prefeito da cidade, de uma bancária, do ex-prefeito de Marechal Thaumaturgo e de um pediatra. Os criminosos subtraíram joias diversas, sendo grande parte em ouro.
O trabalho rápido do delegado Futigami e de sua equipe localizou José Cleilton de Lima, 21, e José Zilvenildo Ferreira de Moraes, 38. Com os dois foram apreendidos computadores portáteis e televisores, furtados.
Durante a investigação, a polícia descobriu que o bando se dividiu em dois, parte dos criminosos retornaram para Rio Branco. Foi quando entrou em cena a equipe da Delegacia Itinerante, sob o comando do delegado Roberth Alencar.
A informação chegou ao início da tarde de quinta-feira, 10, e às 20 horas do mesmo dia o delegado prendeu Rogério Ferreira e seu irmão, Carlos Alberto de Araújo, 34. Os acusados foram abordados em um lava-jato na Estrada do Calafate e levados para a sede da Itinerante.
Na manhã desta sexta-feira, 11, Bonabyuy Aranha foi localizado no centro da capital e conduzido à especializada, onde confessou que comprara as joias furtadas em Cruzeiro. Foi indiciado e o delegado Futigami ingressou com a representação de prisão do investigado por receptação.
Em poder dos larápios, a polícia apreendeu uma pistola calibre 32 italiana, várias peças de joias, computador portátil, guitarra, pedal, violão, caixas acústicas e monitor de TV, além de mais de R$ 3,7 mil em dinheiro.
Os suspeitos tiveram suas prisões comunicadas e vão ser encaminhados para Cruzeiro do Sul, onde serão apresentados ao delegado Futigami, que preside o inquérito. O delegado Roberth disse também que parte das joias furtadas pela quadrilha foram vendidas em Tarauacá e as outras peças de maior valor, para Aranha, que pagou a quantia de R$ 3,7 mil.
“Quero ressaltar que o mérito na elucidação dos crimes cabe à equipe de investigação da Delegacia Geral de Cruzeiro do Sul, pelo seu empenho. Também devemos mencionar que o apoio do Detran e da Delegacia Itinerante de Rio Branco foi crucial para o êxito das averiguações, bem como a população, que em muitos casos são os olhos da polícia. Por fim, saliento também a participação do Ministério Público e do Poder Judiciário”, destacou Futigami.