Acusados tentaram fugir em um táxi, mas foram interceptados minutos depois
Atendendo denúncia anônima, policiais militares do 2º Batalhão desarticularam uma quadrilha de golpistas de São Paulo que aplicava o golpe conhecido como “chupa-cabra”, pelo qual são implantados aparelhos em caixas eletrônicos e máquinas de cartões de créditos que copiam dados bancários e senhas dos clientes. A quadrilha estava agindo no Acre há pelo menos três semanas. Fernando de Souza Silva, 27, e Gregório Vieira Silva, 26, foram presos na noite de sábado, 6, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.
A dupla, que na companhia de mais quatro comparsas estava hospedada em três hotéis nas proximidades da rodoviária de Rio Branco, bairro Cidade Nova, foi surpreendida com a chegada dos militares, que cercaram todo o perímetro. Eles ainda tentaram fugir em um táxi, mas foram interceptados.
Em posse dos acusados os militares encontraram crachás de empresas de manutenção de caixas eletrônicos, roupas, sapatos, bebidas, cinco notebooks, uma TV de plasma, leitores de cartão, pendrives, celulares e 33 cartões bancários, além de uma vasta lista com informações, dados bancários e senhas de bancos brasileiros e estrangeiros que estavam armazenados nos pendrives.
De acordo com informações da tenente Cristiane Soares, comandante de Força de Patrulha do 2º BPM, a quadrilha era composta por seis integrantes, entre eles Fernando de Souza Silva e Gregório Vieira da Silva, ambos naturais do Estado de São Paulo. Gregório possui uma condenação pelo crime de furto com mandado de prisão expedido, sendo considerado foragido da Justiça paulista.
A polícia acredita que os acusados estão envolvidos na implantação dos “chupa-cabras” nos caixas eletrônicos de dois supermercados da capital. Os outros integrantes da quadrilha conseguiram fugir. Segundo informações, eles seguiram em direção a Brasileia e cruzaram a fronteira com a Bolívia.
Polícia Federal já havia arrecadado equipamentos semelhantes em caixas de autoatendimento
No dia 25 do mês passado, peritos da Polícia Federal e consultores de segurança da Caixa Econômica Federal, empresa Probank AS e Norsegel teriam arrecadado equipamentos semelhantes aos que foram apreendidos com a dupla no hotel que estariam instalados em terminais de autoacendimento da CEF localizados nos Supermercados Araújo e Gonçalves da Avenida Ceará.
Na ocasião a Polícia Federal encontrou somente os equipamentos instalados com o propósito de furta senhas de cartões bancários, mas nenhum suspeito foi preso.
A prisão da dupla realizada por policiais militares do 2° Batalhão poderá ajudar a Polícia Federal a descobrir se os suspeitos presos pela PM estão envolvidos na clonagem de cartões descoberta pela Polícia Federal.
O que é um chupa-cabra – É um aparelho leitor de cartões feito artesanalmente, dotado memória interna, capaz de armazenar os dados da conta corrente de todos os cartões que são passados nele. Normalmente são adaptados às entradas tradicionais de cartões nos caixas eletrônicos, para que possam clonar os dados do cartão quando um cliente usa a máquina. Eventualmente são colocados dentro do terminal e ligados na entrada do leitor verdadeiro por fios.
Formas de prevenção
– Verifique se o dispositivo onde o cartão é inserido está fixo.
– Verifique se há algum acessório ou ressalto no dispositivo de entrada do cartão.
– Certifique-se que a máquina não tenha fios aparecendo ou a tampa aberta.
– Desconfie quando só um terminal está funcionando e todos os outros estão inoperantes, provavelmente o que
funciona tem o chupa-cabra.
– Desconfie quando há uma câmera dirigida para as suas mãos. As câmeras de vigilância dos bancos normalmente estão voltadas para o rosto.
– Desconfie quando uma das etapas de verificação não é solicitada, como por exemplo, a parte alfabética da senha.