João Laudelino Júnior tem passagem por tráfico de drogas e falsidade ideológica
Há cerca de 15 dias, policiais da Delegacia Antiassalto (Dapc) investigavam o mato-grossense João Laudelino da Silva Júnior, 30, natural da cidade de Nova Brasilândia (MT), por tráfico de armas. Durante uma semana ele ficou hospedado em um hotel das proximidades da rodoviária da capital, onde se passava por João da Silva Evangelista.
Ao perceber que ele migrava para a região de Cobija (Bolívia), o delegado Roberth Alencar, da Dapc, comunicou ao delegado Nilton Boscaro (regional do Alto Acre), que o interceptou com a ajuda de policiais militares de Brasileia. Lá, foi flagrado por receptação e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. Por portar documentos falsos e por se identificar com o nome de outra pessoa, será indiciado por uso de documento falso, falsidade ideológica e falsa identidade.
O homem se fazia acompanhar de Paulo Cataring Cocati e André Luiz dos Santos Ferreira (natural de Brasileia), que estavam em um veículo Siena branco, placa "cabrito" de João Pessoa (PB) e Renavan de um Corolla da mesma cidade. Preso, João foi levado inicialmente à Delegacia de Brasileia, onde tentou se passar por João Evangelista, mas acabou desmascarado. Interrogado, confessou que ia trocar o Siena, que é roubado em Natal (RN), por fuzis e vendê-los no Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, para onde, segundo ele, já havia encaminhado remessa de seis pistolas de uso restrito.
Durante o interrogatório ao delegado da Dapc ele confessou que ia comprar fuzis ao preço de R$ 18 mil e os venderia pelo preço de R$ 50 mil. João Laudelino da Silva Júnior tem passagem por tráfico de droga em João Pessoa e em Cuiabá (MT) por receptação e falsidade ideológica. Na Paraíba, foi preso pela Polícia Federal com 30 quilos de droga.
"Com a prisão de Laudelino, a Polícia Civil desbaratou uma quadrilha de traficantes de armas e drogas que agia no Brasil e no exterior", destacou o delegado Nilton Boscaro. Para Roberth Alencar, João disse possuir uma grande quantidade de carros (moeda de troca para o tráfico de drogas e de armas).
Mesmo confessando ter feito uma remessa de armas para o Rio de Janeiro, para a polícia João pode estar envolvido em assaltos na região de Rio Branco. Os comparsas dele foram presos e depois liberados, porém, continuaram sendo investigados. "Trabalhamos durante duas semanas para apreender o veículo e uma série de equipamentos de comunicação que João possuía. Ele escapou de vários Estados, mas foi preso aqui pelos nossos bravos policiais civis", completou Roberth.