Delegado coordenador da operação atribui êxito do trabalho ao serviço de inteligência que garantiu o monitoramento e investigação dos envolvidos
Com o objetivo de combater o tráfico de drogas em Rio Branco, a Polícia Civil desencadeou nesta sexta-feira, 29, a “Operação Segundo Distrito”. Participaram da ofensiva, 70 pessoas, entre escrivães, agentes de polícia, delegados titulares e 12 alunos delegados, além de quatro alunos escrivães, que fazem o curso de formação da Polícia Civil. Divididos em nove equipes, eles deram cumprimento a 13 mandados de busca e apreensão.
Seis pessoas foram detidas, durante cumprimento de ordem do juiz Elcio Sabo Mendes Júnior, da Vara de Tóxico. Quatro foram presos por tráfico de droga e disparo de arma de fogo. Com uma das mulheres detidas, foi apreendido um sofisticado esquema de segurança eletrônico. O sistema, todo controlado por computador, era ativado automaticamente através do calor humano. O material apreendido foi submetido à perícia no Instituto de Criminalística da Polícia Civil. Além da arma, a Polícia Civil apreendeu dinheiro, supostamente oriundo do comércio de droga ilícita.
Os policiais aplicaram simultaneamente, buscas autorizadas pela Justiça, em vários bairros do Segundo Distrito. No caso da mulher que atirou contra os investigadores, não foi preciso efetuar um único disparo de arma de fogo. Os agentes conseguiram desarmá-la e efetuar a arredia.
Na mesma operação, no bairro Mauri Sérgio, foi preso em flagrante um homem portando drogas e material para refino do entorpecente. Ele foi levado à sede da 3ª Regional e indiciado por tráfico de droga pelo delegado Carlos Flávio Portela. A equipe comandada pelo investigador Lawrence, prendeu ainda um casal acusado de envolvimento no tráfico. Durante o cumprimento da ordem de buscas a polícia encontrou na casa do casal dinheiro, maconha e cocaína, além de duas motos suspeitas de darem apoio no comércio de droga, feito pelos traficantes.
A polícia descobriu que os acusados tinham um sistema de comunicação interna (interfone) usado exclusivamente para atender usuários de droga. O entorpecente era entregue por um orifício na parede da casa.As ações foram resultado de investigações da DRE (Delegacia de Repressão ao Entorpecente) e realizadas sob a coordenação do delegado Vanderley Thomas (capital e interior), com apoio dos delegados Alberto Dalacosta, Carlos Flávio e Silvano Rabelo.
“Tivemos a oportunidade de prender quatro envolvidos com o tráfico, que foram tirados de circulação”, disse o secretário da Polícia Civil Emylson Farias da Silva, que fez questão de ir à 3ª Regional agradecer cada um dois policiais envolvidos na operação. O secretário prometeu intensificar as ações de combate à criminalidade, e acrescentou que esse trabalho será ampliado com a lotação dos novos delegados e escrivães, cujo período de academia está na reta final.
Inteligência
Para o delegado Vanderley Thomas que coordenou a operação, o êxito dos trabalhos somente foi possível porque os flagranteados vinham sendo monitorados pelo serviço de inteligência da Polícia Civil. “Essa providência possibilitou uma ação precisa”, afirma.“Nossa polícia tem crescido no quesito ações de precisão, onde a força física é substituída pela inteligência”, completou Vanderley. Segundo ele, a direção da instituição vem buscando de forma incessante qualificar policiais, para fortalecer as ações junto a sociedade.
As palavras de Vanderley dão eco às diretrizes do Secretário Emylson Farias, que busca um padrão de excelência para o serviço prestado pela Polícia Civil em todo Acre. Ele reconhece que muito ainda precisa ser feito, no entanto, reafirma o compromisso de lutar por uma Polícia Judiciária forte e cada vez mais cidadã.