Com a filosofia “disciplina, resiliência e determinação”, advinda do jiu-jitsu, popularmente conhecida como a “arte suave”, os mais de 60 alunos das escolas públicas do São Francisco, terminaram as atividades em 2017 com uma competição de submission, o jiu-jitsu “sem pano”, promovida pelo Quinto Batalhão da Polícia Militar (5° BPM). O evento de encerramento foi realizado nesta quinta-feira, 21, no Clube de Praças da Polícia Militar.
As aulas são parte do projeto “Em forma com o Quinto Batalhão de Polícia Militar” e foram coordenadas e ministradas pelo sargento Ricardo Ferreira, que é faixa roxa de jiu-jitsu. O intuito é contemplar os alunos com melhor desempenho escolar em suas respectivas escolas, além de incentivá-los à prática desportiva e à não-ociosidade, tirando-os da vulnerabilidade à violência e ao crime.
“Inicialmente, o projeto objetivou inserir os alunos das escolas Berta Vieira e Clícia Gadelha, mas já temos um planejamento para o ano que vem, que visa estender o alcance para as demais escolas do bairro São Francisco e, também aos pais dos alunos”, disse o militar.
De acordo com o comandante do 5º BPM, tenente-coronel Rômulo Modesto, para a criança ou o adolescente ter o direito de ingressar no projeto, deve ter um bom desempenho na escola, além de não ter nenhum envolvimento em ocorrências policiais em que figure como autor.
“O “Em forma com o Quinto Batalhão”, além de ser um mecanismo de aproximação da polícia com a comunidade, tem por essência a prevenção. Acreditamos que, sim, projetos como esses podem evitar eventuais condutas delituosas por parte desses jovens que passaram e passarão por esse projeto. Iremos continuar atuando preventivamente desta maneira: promovendo a inserção social”, frisou o oficial.
O projeto
O “Em forma com o 5º BPM” tem como objetivo a aproximação dos jovens com a instituição militar, além de envolvê-los em atividades desportivas.
Para o aluno da escola Berta Vieira, Juliano Fraissat, de 16 anos, o projeto desenvolvido pela Polícia Militar ajudou a melhorar sua visão em relação à vida e incentivou-o a buscar as melhores notas em sua escola.
“Para termos o direito de virmos às aulas aqui no batalhão precisamos ter boas notas e bom desempenho escolar; e pra continuarmos aqui, também. O projeto, sem dúvidas, me trouxe mais disciplina para com as minhas responsabilidades em casa e na escola e fez com que pudesse ver o mundo com outros olhos, os do comprometimento, algo bastante característico da filosofia do jiu-jitsu”, destacou o aluno, que pretende continuar no projeto em 2018.
