Com a proposta de ajudar o cidadão a cumprir seu papel na preservação do planeta com práticas ambientais sustentáveis, gerando emprego e renda foi definitivamente inaugurada nesta sexta-feira, 3, indústria de reciclagem de materiais plástico do Acre, Plasacre. Para acompanharem o descerramento da fita de inauguração da indústria que registra investimentos de R$ 15 milhões os empresários responsáveis pela Plasacre, Eder Paulo Santos e Olavo Castilho, receberam o governador Tião Viana, secretários de Estado, parlamentares, prefeitos e empresários.
Localizada no Parque Industrial, na BR-364, a Plasacre produz telhas, mourões de cerca, cestas de lixo, caixas agrícolas, cocho para gado, paradas de ônibus, lixeira, entre outros bens de consumo. Todos em material plástico, aproveitando produtos que eram descartados como lixo. A indústria emprega 250 trabalhadores direta e indiretamente. São pessoas, que de acordo com o empresário Olavo Castilho, deram um pouco de seu suor para que o projeto enfim fosse concretizado.
Olavo Castilho lembra que chegou ao Acre há cerca de dois anos com o projeto para instalar sua indústria no Acre. Na época, segundo ele, o governador Binho Marques foi o primeiro a dar total apoio ao projeto. Os secretários de governo daquela época também prestaram total apoio aos empresários.
“Ao assumir o governo, Tião Viana e sua equipe de secretários e servidores prosseguiu nos apoiando. Também recebemos apoio da primeira-dama, Marlúcia Cândida. Ela sempre confiou em nosso trabalho e depois que ela viu uma telha plástica nossa, ela quis mostrar essa telha e nós fomos parar na Casa Cor-Brasília. Diante de tantas dificuldades vocês não podem imaginar o quanto este apoio é importante para nós empresários. Muito obrigado por essa confiança”, ressaltou Castilho.
Novos desafios
A Plasacre não cessa seus investimentos e planeja uma fase nova com a possibilidade da implantação de uma indústria de fabricação de caixa d’águas, torres de sinalização, fitas de arquear e outros produtos de bens de consumo. “Nós precisamos ter muitos produtos. Embora nosso mercado no Acre não seja grande, se comparado a outras capitais, mas é muito carente de produtos de qualidade”, pontuou Olavo Castilho.
Eder Paulo Santos disse que outro desafio da empresa é arrecadar mais material para reciclagem. De acordo com levantamento feito pela Plasacre, somente na capital são produzidas, diariamente, 180 toneladas de lixo. Porém, como o processo de descarte do lixo não acontece de maneira seletiva, menos de 20% desse total é captado para reciclagem.
Por isso, a indústria decidiu iniciar um projeto de coleta seletiva em parceria com a prefeitura de Rio Branco. A ideia é encorpar todo o volume de lixo reciclável que a empresa tem necessidade para manter o ritmo de sua produção.
Investimentos que atraem investidores
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Localizada no Parque Industrial, na BR-364, a Plasacre produz telhas, mourões de cerca, cestas de lixo, caixas agrícolas, cocho para gado, paradas de ônibus, lixeira, entre outros bens de consumo (Sérgio Vale/Secom)
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O secretário de Indústria e Comércio (Sedict), Edvaldo Magalhães, disse que tantas autoridades presentes na inauguração do empreendimento demonstra a importância que a indústria tem para o Acre. “A equipe da prefeitura é também responsável por essa indústria dar certo. Eles acolheram, com apoio do nosso prefeito Angelim, esse bom propósito da Plasacre. Porque uma ideia como essa só dá certo se tivermos afinação”.
Na avaliação de Magalhães a iniciativa, em 2008, de Raimundo Angelim para implantar a Utre (Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos) corroborou para que a indústria de reciclagem de material plástico tenha resultados positivos no Acre.
“Outro fator que colaborou para a vinda da empresa para o Estado foram os investimentos na estruturação de um parque industrial, investimentos em política tributária de incentivos e até financiamentos para aquisição de equipamentos. Se não tivéssemos isso, certamente empresas não se instalariam aqui”, afirmou Edvaldo Magalhães.
O secretário de Indústria e Comércio disse ainda que é gratificante receber no Estado empresários com visão de mercado como Éder Santos e Olavo Castilho, que apostam em investimentos nesta região que hoje tem uma nova rota logística. Rota que cria oportunidades de negócios maiores e mais rentáveis. O prefeito Raimundo Angelim falou que a empresa esta investindo em qualidade de vida ao retirar do meio ambiente material plástico e transformá-lo em fonte de renda para as famílias que trabalham na seleção do lixo e na fabricação de produtos de bens de consumo que são vendidos pela empresa.
“As atividades desenvolvidas pela indústria fazem com que o plástico deixe de contaminar, solos, rios e o ar e passe a ser reutilizado com a reciclagem. A reciclagem também gera a prevenção de impactos ambientais e por fim, reduz a exploração dos recursos naturais”, destacou Angelim.
Apoio em troca de emprego para comunidade
O governador Tião Viana disse que o Banco da Amazônia deu um exemplo ao garantir os R$ 9 milhões para os investimentos da Plasacre. “A vida industrial do Acre está acontecendo e será vista cada mês. Sei que cada um que esta aqui tem um nível de envolvimento e entusiasmo que confirma todo o interesse do que estamos falando”, declarou o governador.
Viana disse que é justo que seja reconhecido o esforço do ex-governador Binho Marques para que o empreendimento chegasse ao Acre e se instalasse no Estado. Ressaltou também o trabalho de César Dotto, ex-presidente da Fundação de Tecnologia do Acre, Carlos Ovídio, secretário interino de Floresta e Fábio Vaz, secretário adjunto de indústria e comércio, que trabalharam ao lado de Binho na época em que a Plasacre buscou o mercado local.
“A única coisa que o governo quer quando uma indústria se instala no Estado é trocar todo o esforço para ajudar o empresário pelo emprego que este empresário gera na comunidade. Para o governo o que interessa é o emprego e a geração de renda. Isso é o maior presente que temos aqui”, finalizou o governador.
