Governador visitou instalações da empresa que transforma resíduos sólidos em emprego e renda
A ousadia de um empreendedor tem mudado a vida de pelo menos 110 famílias acreanas de maneira direta. São funcionários da empresa Plasacre dirigida pelo visionário Éder Paulo dos Santos.
Éder Paulo dos Santos ousou não apenas na maneira sustentável de conquistar espaço no mercado, mas também ao acreditar no potencial econômico e industrial do Acre quando decidiu instalar, no Distrito Industrial de Rio Branco, a empresa que transforma lixo poluente em oportunidade de emprego, renda e lucros.
A iniciativa do empresário é bem vista pelo Governo do Estado que busca estimular a abertura de mais empresas no Acre com a implementação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). O governador Tião Viana visitou as instalações da Plasacre nesta terça-feira, 10, acompanhado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputado Élson Santiago.
Tião Viana se mostrou impressionado com a indústria que, atualmente, transforma resíduos plásticos em produtos como telhas, canos, mourões de cercas e até mesmo em madeira plástica. O governador garantiu que a empresa tem todo o apoio do Estado para expandir a produção.
“O desafio do Acre é a industrialização e ela está acontecendo. O Éder é um exemplo disso. Só nesta unidade ele gera 70 empregos. A empresa está transformando o que era lixo e um problema para as pessoas, em oportunidade, emprego, renda, em produtos que servem para diversas utilidades. É um ambiente que contribui definitivamente com a vida, feito por um empresário que se dedica ao Acre, luta pelo Estado e é uma referência no setor industrial”, avalia Tião Viana.
A Plasacre deve ser inaugurada oficialmente ainda neste mês e a direção já confirmou que fará parte da ZPE.
Parcerias e incentivos
O governador propôs uma parceria com a empresa de Éder Paulo dos Santos para que ela seja responsável pela construção de pontos de paradas de ônibus de material plástico, mais resistente que a madeira, para a zona rural de Rio Branco. A parceria de deve ser executada pela Plasacre em conjunto com o Deracre (Departamento de Estradas e Rodagens do Acre).
“Os novos projetos da Plasacre têm todo apoio do Governo do Acre. Com essas paradas de ônibus nós vamos partir para o incentivo na área rural, que é a competência do Governo do Estado. E estamos discutindo a possibilidade de produção de tampas de caixas d’água, mais resistentes e duráveis para a comunidade, que a gente possa comprar para valorizar essa iniciativa”, anunciou Viana.
A produção de tampas de caixas d’água pode ser viabilizada por meio da nova máquina que a empresa está trazendo para o Estado e que produzirá com plástico reciclável caixa d’água de alta durabilidade e qualidade.
Durante a visita, Tião Viana lembrou que o material usado pela Plasacre tinha como destino outras regiões do país. Hoje, após deixar a estação de tratamento de resíduos, os resíduos sólidos seguem para a indústria, transformando-se em produtos úteis e duráveis para a comunidade. “Esse produto ia para São Paulo, era reaproveitado, voltava para o Acre num preço alto. Hoje gera emprego direito e indireto aqui e gera qualidade de vida por meio dos produtos”, disse o governador.
Coleta Seletiva Comunitária
O diretor da Plasacre, Éder Paulo, tem outro projeto ousado que inicia como piloto em dois bairros da capital. Trata-se da coleta seletiva comunitária. Uma ideia que surgiu após a empresa constatar que apesar da produção de lixo plástico na capital chegar a 400 toneladas, apenas 40 toneladas estavam sendo coletadas.
“Isso acontece pela falta da seleção no lixo doméstico. As pessoas misturam produtos recicláveis com lixo orgânico. Quando a empresa de coleta de lixo despeja o lixo na Unidade de Tratamento de Resíduos (Utre) é preciso selecioná-lo. A empresa tem 40 funcionários na Utre para fazer isso, mas ainda não é suficiente”, explica Éder Paulo.
Por isso, a direção da empresa decidiu dar inicio a um projeto piloto em dois bairros da capital que consiste em doar sacolas de 100 litros para pessoas da comunidade interessadas em fazer coleta seletiva.
“Assim, à medida que aquele cidadão for tendo materiais plásticos como lixo ele vai colocando-os nessa sacola e uma ou duas vezes por semana um carro da nossa empresa passará para recolher o material”, detalha o empresário.
De acordo com Éder Paulo, a proposta é que o serviço de coleta seletiva comunitária seja expandido, em breve, para outros bairros da cidade. “Dessa forma o cidadão estará contribuindo com o meio ambiente e com a reciclagem de plásticos”, conclui Éder Paulo dos Santos.