Em 2012, o produtor rural Dedimar Lopes recebeu do governo do Estado um incentivo que mudaria sua realidade econômica, na região do Juruá. Proprietário da Colônia Boa Vista, localizada no quilômetro 10 da BR-307, em Cruzeiro do Sul, ele conta que iniciou um plantio de três hectares de coco, da variedade coco-anão, com as mudas que foram distribuídas pelo governo, que as trouxe da Paraíba.
Três anos após a plantação, Lopes já começa a colher bons resultados, e conta que, atualmente, colhe 500 cocos por mês, mas a expectativa é de, em seis meses, tirar de quatro a cinco mil cocos que poderá vender a um real cada, além do maracujá, pimenta, abacaxi, banana e o peixe que também produz.
“Esse produtor já quer tirar cinco mil cocos por mês. Isso traduz uma renda mensal de R$ 5 mil para sua família. Isso dá uma esperança enorme na força de trabalho do povo do Juruá, na inteligência de consorciar várias atividades, fazendo com que ele alcance um novo padrão de classe média rural”, destacou o governador, durante visita à propriedade rural, no sábado, 23.
Lopes fez questão de agradecer pessoalmente a Tião Viana por todo o incentivo que recebeu do governo. “O governo acredita em nós. Então, a gente vai lá e faz. Sou muito agradecido por todo o apoio que recebi e recebo até aqui”, disse.
Da preparação do solo ao plantio
O incentivo que o produtor recebeu do governo foi além da distribuição das mudas. Por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lopes recebeu apoio, desde a preparação do solo, com a pulverização do calcário, que aumenta a eficiência da adubação e corrige a acidez do solo atuando como fertilizante, até o arado da terra.
“Até aqui, o governo tem me ajudado também com a distribuição de inseticidas e no combate da praga. Sempre que eu preciso, também consigo a máquina pra arar alguma parte da terra, já que tenho outras plantações”, contou Lopes.
As ações transversais na área agrícola vão desde a destoca, aradagem e a pulverização do calcário no solo, que garante uma terra boa por até oito anos, reduzindo a pressão sobre o desmatamento e as queimadas. Isso permite ao produtor rural alternar culturas e ter plantação o ano inteiro.