Plano Estadual de Recursos Hídricos potencializa ações de recuperação de bacias

O trabalho de recuperação das nascentes do igarapé Judia e da bacia do Rio Acre são ações presentes no Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre, lançado nesta sexta-feira, 13, pelo Governo do Acre (Foto: Angela Peres/Secom)

Trabalho de recuperação das nascentes do igarapé Judia e da bacia do Rio Acre são ações presentes no Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre, lançado nesta sexta-feira, 13, pelo governo do Acre (Foto: Angela Peres/Secom)

O trabalho de recuperação das nascentes do igarapé Judia e da bacia do Rio Acre são ações presentes no Plano Estadual de Recursos Hídricos do Acre, lançado nesta sexta-feira, 13, pelo governo do Acre, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e WWF Brasil. Esse inclusive é um dos grandes diferenciais do plano apontado pelo coordenador do Programa Água para a Vida da WWF, Glauco Kimura de Freitas.

“O Plano Estadual não parte do zero, ele veio para fortalecer diversas ações que já estavam em andamento, e que agora serão potencializadas. O Acre já vem há mais de uma década desenvolvendo uma política ambiental séria. E este plano veio pra quebrar paradigmas no Brasil, fazendo uma gestão proativa dos recursos hídricos”, destacou ele.

"O Acre já vem há mais de uma década desenvolvendo uma política ambiental séria. E este plano veio pra quebrar paradigmas no Brasil", disse Glauco Kimura do WWF (Foto: Angela Peres/Secom)

“O Acre já vem há mais de uma década desenvolvendo uma política ambiental séria. E esse plano veio para quebrar paradigmas no Brasil”, disse Glauco Kimura, do WWF (Foto: Angela Peres/Secom)

Pensando nos diferenciais do plano e levando em conta o fato de o planejamento ter chamado a atenção dos presentes quando foi apresentado durante a Rio+20, a WWF e a Secretaria de Meio Ambiente convidaram uma equipe de jornalistas do Jornal o Globo, Valor Econômico e da Agência F para participar do lançamento do plano. Antes disso, eles participaram de um dia do campo.

A WWF e a Secretaria de Meio Ambiente convidaram uma equipe de jornalistas do Jornal o Globo, Valor Econômico e da Agência F para participar do lançamento do Plano (Foto: Angela Peres/Secom)

A WWF e a Secretaria de Meio Ambiente convidaram uma equipe de jornalistas do Jornal o Globo, Valor Econômico e da Agência F para participar do lançamento do Plano (Foto: Angela Peres/Secom)

A apresentação do plano foi feita pelo secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus. “O mais importante é saber que temos um problema e estamos investindo pra mudar a realidade de degradação de áreas importantes. E também enfatizar que já estamos executando algumas das ações presentes do Plano”, disse o secretário.

A primeira parada foi em Senador Guiomard na nascente principal do igarapé Judia. Durante o levantamento realizado para a elaboração do Plano foi detectado que existe ocupação na área de cabeceira, e que efluentes domésticos são lançados no corpo hídrico. Neste ponto os jornalistas tiveram contato representantes do Conselho Gestor da Bacia do Judia que tem trabalhado na recuperação da área.

A programação incluiu ainda a visita a propriedades rurais que possuem Unidades Demonstrativas de recuperação de Áreas de Proteção Permanente (APP). As UD’s são projetos modelos implementados em áreas prioritárias definidas no diagnóstico do Plano Estadual de Recursos Hídricos para a recuperação dos processos de degradação do solo e conservação da água.

Participação da comunidade e as Unidades Demonstrativas

Francisco da Costa Alves mora há trinta anos na região do Moreno Maia. Ele conta que começou a perceber as mudanças no local nos últimos dez anos (Foto: Angela Peres/Secom)

Francisco da Costa Alves mora há trinta anos na região do Moreno Maia. Ele conta que começou a perceber as mudanças no local nos últimos dez anos (Foto: Angela Peres/Secom)

De acordo com a coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos, Marli Ferreira, o projeto é sempre executado em parceria e com a contrapartida do produtor, poder público e apoiadores. “O Plano apontou que as Bacias do Judia e do Rio Acre são prioritárias, e por isso o processo de restauração já foi iniciado. São 61 mil hectares de área degradada. Já realizamos o trabalho de levantamento das áreas criticas, o cadastro das propriedades, elegendo as áreas para implantar as unidades demonstrativas. A ideia é dividir as responsabilidades”, enfatizou a coordenadora.

Alguns moradores do leito do Rio Acre já perceberam a importância da vegetação para a preservação da água e a permanências destas famílias em suas propriedades ribeirinhas. Francisco da Costa Alves mora há trinta anos na região do Moreno Maia. Ele conta que começou a perceber as mudanças no local nos últimos dez anos. “A mata ciliar é muito importante. Nos últimos anos o rio tem secado bastante, e temos percebido que o desmatamento tem relação com isso. Por isso, entramos para este programa que visa plantar na beira do rio, e manter estas áreas preservadas”, lembra o produtor.

Parceria e participação popular marcaram a elaboração do Plano

Ao longo dos últimos três anos foram realizados levantamento e pesquisas para que fosse estabelecida uma política pública de gestão dos recursos hídricos (Foto: Angela Peres/Secom)

Ao longo dos últimos três anos foram realizados levantamento e pesquisas para que fosse estabelecida uma política pública de gestão dos recursos hídricos (Foto: Angela Peres/Secom)

Ao longo dos últimos três anos foram realizados levantamento e pesquisas para que fosse estabelecida uma política pública de gestão dos recursos hídricos. O instrumento de gestão estabelece parâmetros que priorizam a preservação, a qualidade e a quantidade de recursos hídricos, aliados à necessidade do uso racional e consciente para garantir a sobrevivência às futuras gerações.

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