Piscicultura é alternativa econômica na Amazônia

A piscicultura do Juruá segue a correnteza dos bons trabalhos
Piscicultura acreana deu um salto de 4.100 toneladas de pescado em 2010 para 20 mil toneladas em 2014 (Foto: Arquivo Secom)

O Acre saiu de uma produção de 4.100 toneladas de pescado em 2010 para 20 mil toneladas em 2014. Os dados são do Ministério da Pesca e Aquicultura, que prevê um salto para 25 mil toneladas em 2015.

Uma parceria público-privada instituída no início de 2011 implantou o Complexo de Piscicultura Rio Branco, que reúne pequenos, médios e grandes criadores de peixes, investidores e o governo do Estado em uma ofensiva para tornar o Acre o maior criador e exportador de peixes de cativeiro da Amazônia.

Para dimensionar o alcance socioeconômico dessa iniciativa, basta percorrer propriedades rurais de todas as regiões do Estado e conferir as inúmeras obras de abertura de tanques escavados para a piscicultura.

“Nós nunca tivemos uma ajuda como essa, e com o governo do nosso lado é mais fácil caminhar. Nossa expectativa aqui é tirar cinco toneladas de peixe este ano”, salienta Lenilson Ibernon, piscicultor de Cruzeiro do Sul.

Paralelamente à abertura dos tanques escavados, a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), oferece curso de manejo de 40 horas/aula, com três eixos distintos: a construção dos tanques, o manejo da qualidade da água e o manejo alimentar e nutricional dos peixes.

O Acre se qualificou como a porta brasileira de acesso ao mercado asiático e andino, por meio da abertura da Estrada do Pacífico ou Interoceânica (Carretera Interoceánica Sur), que corta o Brasil e o Peru.

Com aproximadamente 2.600 quilômetros de extensão internacional, a rodovia – totalmente pavimentada – liga Rio Branco, a capital acreana, aos portos de Illo e Matarani, no Peru, no litoral do Pacífico. Também a partir de Rio Branco, outras rodovias no lado brasileiro dão acesso aos mercados do Centro-Oeste, Sudeste e aos portos do Atlântico.

Com unidades de cultivo em todo o Estado e de processamento em Rio Branco e Cruzeiro do Sul (cerca de 700 quilômetros a oeste da capital), a estrutura de cultivo de peixes utilizará a estrada para escoar sua produção para o mercado internacional.

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