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Trata-se do programa Primeira Infância Acreana (PIA), que vem dando um suporte positivo no desenvolvimento das crianças que se encontram em situação de extrema pobreza.
Coordenado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Gabinete da Vice Governadoria e também da primeira-dama, com parceria da Universidade Federal do Acre, o objetivo do programa é fortalecer a rede de serviços destinada às crianças menores de seis anos, além do vínculo familiar.
Nesses ambientes humildes, os agentes encontram crianças tímidas, com atrasos no andar e na fala, ausência de práticas saudáveis e famílias, em muitos casos, com pouca estrutura. O trabalho é lento. Requer, sobretudo, ganhar a confiança dos pequenos e dos pais. E isso não só vem acontecendo, como já traz resultados positivos em muitos lares onde o PIA já chegou.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”280129″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1507782162259{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1506730863499{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_column_text]
Aproximação que faz a diferença
“Teve um momento que pensei em desistir, achando que não seria possível. Mas um dia, quando todas as atividades não surtiam efeito, comecei simplesmente bater palmas cantando o parabéns. De repente, a Isadora, que na época tinha um ano e três meses, também começou a bater palmas sorrindo para mim. Essa cena não vou me esquecer jamais. Aquela criança tímida, não interagia e hoje já anda e brinca pela casa”, relata a ACS, Cláudia Martins.
Histórias como de Cláudia, cuja família acompanhada pelo programa é de origem indígena, já não faz parte de um cenário isolado. O trabalho desses profissionais em saúde, tem um alcance muito maior no núcleo familiar. As visitas de casa em casa, antes de forma mais técnica, hoje são fortalecidas e humanizadas graças ao PIA, que proporcionou também, um vínculo fraternal entre famílias e ACS.
“Antes a gente já vinha nas casas, mas com o PIA a visita ficou mais íntima, porque eu fiquei conhecendo melhor a família que também começou a me ver como parte da casa. Quando venho aqui eu fico muito feliz, porque tenho a mãe das crianças como uma amiga”, diz a agente comunitária de saúde, Hosana Lopes, se referindo à Cerlene da Silva, ex-usuária de drogas, que hoje está casada, reabilitada e cuida dos cinco filhos, dois menores de cinco anos inseridos no PIA.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”304694″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1507782345968{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1506730863499{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][vc_column_text]
Famílias reconhecem transformação
Cerlene da Silva é mãe dos pequenos, Hilda e Davi, cujo pai tem 66 anos de idade. As crianças tinham atraso na fala, e estavam sempre retraídas pela casa.
Com a realização das atividades, do brincar e do trabalho orientado pela ACS, hoje elas já desenvolvem habilidades cognitivas e intelectuais referentes a idade.
“Com a ajuda da Hosana, eles desenvolveram bastante. Quando começou a visita, o Davi quase não falava, e a cada dia ele aprende mais. Meus filhos aprenderam, eu aprendi. Hoje cuido melhor deles, e tenho mais paciência para conviver melhor com a minha família”, conta a mãe.
José Luiz, de 66 anos, que trabalha como vigilante e nas horas vagas vende as bananinhas fritas que a esposa faz para ajudar na renda da família, é o pai das crianças.
Casado com Cerlene, 34 anos mais nova que ele, se emociona em dizer que o programa foi uma “benção na vida” de sua família.
“Eu notei que minha esposa mudou muito com as crianças, através do ensinamento da menina [referindo-se à ACS]. Antes era só eu para dizer como é filho, como se trabalha com criança. Eu sempre tenho dito que são duas coisas que me prendem aqui, nesta região do Calafate: uma é o posto de saúde pelo atendimento das crianças, que nunca deixaram de ser atendidas, e outra é a escola, bem ali perto”, destaca.[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”304701″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1507784279256{background-color: #ffffff !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1506730863499{background-color: #ffffff !important;}”][/vc_row][vc_column][/vc_column][vc_column_text]
Olhar diferenciado para as crianças
Mais do que agentes comunitários de Saúde, esses profissionais se tornaram verdadeiros anjos da guarda na vida dessas crianças, com a implantação do programa Primeira Infância Acre, que trouxe um olhar mais direcionado para as necessidades dos pequenos, proporcionando prevenção de violência e negligência, além da mudança de comportamento no seio familiar.
Para nortear o trabalho dos profissionais durante os encontros domiciliares, enfermeiros do Programa de Saúde da Família também participam das atividades.
“A gente já fazia essas visitas, mas com o PIA, essas visitas estão sendo mais elaboradas, uma vez que são visitas voltadas mais para o vínculo afetivo, onde através dessas ações, do brincar, uma nova proposta de relacionamento entre as famílias, a gente consegue ver o desenvolvimento das crianças”, ressalta a enfermeira Akerna Cristina, do Centro de Saúde Rosângela Pimentel.
No Acre, o PIA conta com o apoio do Ministério da Saúde, Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, Fundação Bernard van Leer e da United Way Brasil. Essas instituições apoiam diversas iniciativas de cunho social em todo o país e reconhecem iniciativas pioneiras.
Calafate e a Cidade do Povo, são as áreas piloto onde o programa vem sendo desenvolvido na capital acreana. A projeção é que o programa beneficie mais de 53 mil crianças em todo o Estado, além de se tornar uma política pública no Acre.[/vc_column_text][vc_text_separator title=”Texto: Lane Valle | Fotos: Júnior Aguiar/Sesacre | Diagramação: Andrey Santana ” border_width=”4″]