Pesquisadores conhecem projetos de desenvolvimento sustentável do Acre

Comitiva do Catie e da GTZ se reúnem com Governador para definir termos de cooperação técnica com o Estado

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Um dos pontos de visita foi no Parque Zoobotânico da Ufac (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

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No laboratório da Funtac, visitantes conheceram pesquisas com produtos naturais (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

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Comitiva conheceu o trabalho desenvolvido com madeira manejada no Pólo Moveleiro (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

As experiências na área de pesquisa, sustentabilidade e de manejo em desenvolvimento no Acre foram apresentadas aos representantes do Centro Agronômico de Pesquisa e Ensino (Catie), com sede na Costa Rica e da Cooperação Técnica Alemã – GTZ. Com a meta de estabelecer as prioridades para definição de acordos de cooperação técnica, os visitantes conheceram as iniciativas da Universidade Federal do Acre, Fundação de Tecnologia do Acre e o Pólo Moveleiro em Rio Branco.

No Parque Zoobotânico, Andrea Alechandre, falou dos trabalhos desenvolvidos pela instituição, destacando a missão de gerar e disseminar conhecimentos e tecnologias em três grandes pilares, a biodiversidade, a ecologia e o manejo de ecossistemas e educação. Eles percorreram o arboreto, o herbário e o laboratório de sementes. “Nossas pesquisas são realizadas com seringueiros, colonos e índios. As análises do comportamento das espécies são feitas no Parque e nas comunidades”, relatou a pesquisadora.

O herbário do Parque Zoobotânico é um centro de referência da flora estadual, com 26 mil Exsicata (amostra de planta seca e prensada numa estufa) identificadas e catalogadas, disponíveis em banco de dados. As atividades do herbáreo visam detectar e identificar os padrões fitogeográficos do Acre, contribuindo para a definição de áreas prioritárias para conservação, fornecendo subsídios ao Zoneamento Ecológico Econômico.

Do Parque Zoobotânico, a comitiva seguiu para a Fundação de Tecnologia do Acre, onde puderam conhecer um pouco mais das áreas de pesquisa em curso desta vez pelo governo do Estado. A diretora técnica da Funtac, Tânia Guimarães, explicou as ações da instituição nas áreas de geoprocessamento e sensoriamento remoto, desenvolvimento de produtos naturais, energias renováveis, tecnologia da madeira e de treinamento e capacitação em manejo florestal do Acre na Floresta Estadual do Antimary.

No Centro de Geoprocessamento, a equipe da Funtac falou da unificação das atividades de sensoriamento remoto para planejamento, diagnóstico, análise e monitoramento de atividades econômicas que geram impactos ao meio ambiente. Já no laboratório de produtos naturais os visitantes puderam conhecer o trabalho da Funtac de utilização de plantas medicinais pelos povos da floresta. “Nosso objetivo é apoiar as populações tradicionais, pequenos produtores desenvolvendo pesquisas tecnológicas em produtos naturais”, enfatizou Tânia Guimarães.

A agenda inclui ainda a visita da comitiva no Pólo Moveleiro, espaço implementado para reunir em um mesmo espaço várias indútrias que desenvolvem seus produtos com madeira certificada. A fabricação de móveis certificados tem ganhado destaque na economia acreana. Um dos grandes diferenciais do Pólo Moveleiro demonstrado aos visitantes é a certificação pelo Programa SmartWood da Rainforest Alliance, segundo as normas da Cadeia de Custódia do FSC, que garante a rastreabilidade da matéria-prima florestal utilizada no produto, desde a extração na floresta até o produto final.

“Estou muito impressionado com a visão estratégica das instituições de pesquisa e ensino e do Governo do Estado. Eles têm muita claridade em saber onde querem chegar e possuem boas condições para isso”, destacou o diretor do Centro Agronômico de Pesquisa e Ensino, José Joaquín.

O diretor disse ainda que foi surpreendido com as experiências em curso no Estado. “São grandes as contribuições que o Catie pode trazer ao Acre, através de convênios de cooperação técnica nas áreas de treinamento, capacitação, pesquisa, implementação de projetos no campo em diferentes temas como manejo, gestão sustentável, uso de recursos não madeireiros. O Acre tem capacidade de demonstrar que é possível o desenvolvimento sustentável, com a conservação da floresta, e a melhoria das condições de vida das pessoas que moram na floresta”, conclui o representante do Centro.

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