Pesquisa incentiva o diagnóstico precoce da toxoplasmose ocular

Testes ajudam a identificar se há algum comprometimento na visão dos pacientes (foto: Júnior Aguiar)

A toxoplasmose é uma infecção causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Apesar de não provocar sintomas na maior da parte das pessoas, em alguns casos pode desenvolver formas graves da doença, principalmente em gestantes e pessoas com a imunidade comprometida, com consequências como a cegueira, convulsões e até a morte.

Se diagnosticada de forma precoce, o tratamento contra a toxoplasmose é mais eficaz. Com esse objetivo, o enfermeiro Nildo Bessa Júnior, mestrando em ciências da saúde pela Universidade Federal do Acre, desenvolve uma pesquisa com pacientes diagnosticados com a doença.

O objetivo é combater a toxoplasmose ocular que pode atingir a retina ou a coroide, deixando cicatrizes e, em casos extremos, provocando cegueira.

No último sábado, 25, os 50 pacientes que fazem parte da pesquisa foram atendidos no Hospital das Clínicas. “O nosso foco é fazer a investigação se esses pacientes que já foram diagnosticados com toxoplasmose têm ou não a doença na forma ocular. Para isso estamos contando com diversos parceiros, já que o diagnóstico precoce é essencial para garantir sucesso no tratamento”, afirma Bessa Júnior.

A toxoplasmose pode ser transmitida, principalmente, por meio da ingestão de carnes e verduras mal cozidas e a transmissão de mãe para filho durante a gravidez.

Além das consultas, pacientes passaram por exames (foto: Júnior Aguiar)

A oftalmologista Natália Moreno foi uma das profissionais que participou dos atendimentos no HC. “A toxoplasmose ainda é a maior causa de cegueira na infância. O nosso foco é diagnosticar o quanto antes, já que a descoberta precoce contribui para o sucesso do tratamento e diminui as chances de algum comprometimento na visão do portador da doença”, explica.

O atendimento foi elogiado por quem sabe da importância do monitoramento constante e dos riscos da doença. Elizete Barbosa tem um filho de 13 anos que é portador da toxoplasmose. “Há 5 anos soubemos que ele tinha a doença. A prevenção é muito importante, já que não podemos esperar aparecer algum problema. Fico muito agradecida com essa oportunidade, e feliz, pois os exames do meu filho não deram nada”, afirma.

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