Em junho do ano passado, para entender os efeitos da pandemia e o isolamento social na vida de jovens e adolescentes, o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) lançou o relatório da pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus”.
Um ano depois do primeiro caso confirmado no Brasil, o Conjuve realiza, neste mês, a 2ª edição da consulta, para compreender o momento. O questionário da pesquisa está disponível no link bit.ly/juventudesepandemia2.
O objetivo é saber, de jovens que têm entre 15 e 29 anos, como tem sido sua experiência em relação às dificuldades de acesso a serviços essenciais, os impactos na saúde mental, na segurança alimentar, na segurança pública e também na estabilidade política.
A pesquisa é realizada em parceria com as instituições Em Movimento, Fundação Roberto Marinho, Mapa da Educação, Rede Conhecimento Social, Unesco, Porvir e Visão Mundial, e foi planejada com o objetivo de criar estratégias de enfrentamento aos desafios impostos pela Covid-19.
O Conselho Nacional de Juventude foi criado em 2005 pela lei 11.129, que também instituiu a Secretaria Nacional da Juventude e o Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem). Ele reúne algumas das principais lideranças e organizações juvenis do país, além da representação de ministérios do governo federal.
Entre as suas atribuições, está a de formular e propor diretrizes da ação governamental voltadas à promoção de políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens, articular, engajar e mobilizar redes e organizações juvenis e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais.
Com 33.688 jovens participantes de todo o país, a pesquisa se consolidou como a maior consulta já realizada “com e sobre” jovens na história do país e uma das maiores do mundo. Com a segunda onda do coronavírus, também é possível observar o comportamento da pandemia ao longo deste ano e os seus efeitos na vida de jovens e da sociedade, a partir de suas próprias perspectivas.
Para o chefe do Departamento da Juventude da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), Robson Vidal, a enquete é um ótimo instrumento para enxergar como os jovens estão adaptando seu estilo de vida à pandemia e como estão sendo afetados, em todas as classes sociais, principalmente as mais vulneráveis. “Teremos dados mais concretos para desenvolvermos políticas públicas para esta nova realidade. Nossa meta é que a pesquisa alcance cerca de 600 jovens no estado”, afirma.
O Conjuve busca comparar dados e fazer novas descobertas, sempre com o objetivo de constituir uma base sólida de evidências, definir prioridades e caminhos na ação “com e para” as juventudes do Brasil.