Período de chuvas traz risco de leptospirose e picadas de animais peçonhentos

Nesta época do ano, a chegada das chuvas traz o risco de contaminação por doenças como a leptospirose e maior frequência de ataques de animais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas. Para reforçar a ação de prevenção e controle em todo o Estado, a Divisão de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) começou a orientar os municípios sobre os cuidados para evitar a doenças e a proliferação desses animais. As informações são repassadas pelo Ministério da Saúde e apontam, nos casos de contaminação, qual o tratamento adequado e as medidas de emergência.

Segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado, de 2009 a 2011, o número de casos de leptospirose aumentou, mas o índice de letalidade caiu.  A explicação para a redução do número de mortes está na melhoria da rede de saúde pública. Mais preparadas para identificar os sintomas, as unidades passaram a notificar com maior rapidez  os casos suspeitos e a finalizar os dados após a confirmação.

A assistência à saúde e ao tratamento também evoluiu. Em 2010 foram confirmados 46 casos da doença, com cinco mortes. A incidência foi 6,3 casos para cada grupo de 100 mil/habitantes e letalidade de 10,9. Em 2011 foram registrados 113 casos positivos com incidência de 15,4, mas letalidade de 4,4.

“Desde 2010, com o início do funcionamento das UPAs, a notificação está mais cuidadosa e frequente. O aumento dos casos não significa que  a doença está se alastrando, mas que agora é melhor identificada e relatada pelos profissionais de saúde”, explica o médico veterinário Tarcísio Teixeira, da área técnica de Zoonoses da Divisão de Vigilância Epidemiológica da Sesacre.

A UPA do Segundo Distrito, o Pronto Socorro do Hospital de Urgências e Emergências (Huerb), a Maternidade Bárbara Heliodora, em Rio Branco, e o Hospital Raimundo Chaar, em Brasileia, mantêm núcleos de Vigilância Epidemiológica 24 horas. Além disso, todas as unidades de saúde do Estado estão aptas e devem notificar quando há suspeita da doença.

Cuidados para evitar a leptospirose e picadas de animais

Eles estão onde estão restos de comida, acúmulo de lixo e procuram abrigo nos forros e assoalhos das casas e nos entulhos deixados nos quintais. Os ratos não precisam de muito alimento para sobreviver e se proliferam facilmente. Com terrenos encharcados, o contato com a urina e as fezes desses animais deixa a população mais exposta ao risco de contrair a leptospirose.

A Vigilância Epidemiológica destaca como a principal orientação para afastar os roedores manter limpas as áreas da casa e de seu entorno. É preciso evitar colocar ração ou comida para cachorros à noite. Os ratos necessitam de apenas 30 gramas de alimento por dia para sobreviver e restos de comida são suficiente para atraí-los.

Após enchentes, deve-se redobrar a atenção com a limpeza de caixas e outros reservatórios de água. Antes de executar faxina ou limpeza de áreas alagadas é preciso usar calças compridas, botas e luvas. Não permitir que crianças entrem em contato com água suja. Não deixar abrigos para que façam suas tocas, como restos de material de construção, móveis velhos, acúmulo de caixas e papéis.

Isto serve também para os animais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas que se alojam dentro das casas no meio das roupas, sapatos e frestas. Em caso de ataque, a vítima deve procurar imediatamente uma unidade de saúde. Todos os hospitais e unidades mistas de saúde do Estado têm os soros indicados para cada caso. A exceção são os municípios de Bujari e Capixaba, cujos moradores devem procurar os hospitais de Rio Branco e os que residem em Epitaciolândia devem ser dirigir aos hospitais de Brasileia.

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