Há quatro anos nascia a esperança por dias melhores para milhares de famílias acreanas: a aquisição de um negócio para chamar de seu, um empreendimento que lhes garantisse renda e uma vida com dignidade. É assim que o programa de entrega de equipamentos, coordenado pela Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), vem mudando a realidade de pessoas que antes estavam submetidas à vulnerabilidade social, sem qualquer oportunidade de ascensão econômica.
Tanto em Rio Branco quanto nas demais cidades, o governo já consolidou investimentos na área dos pequenos negócios, contemplando cerca de 15 mil famílias entre 2011 e 2014. Nos próximos quatro anos, estima-se que mais 20.000 equipamentos sejam entregues em diversas áreas que abrangem desde o corte e costura à construção civil. A primeira entrega de 2015 será realizada nesta terça-feira, 26, com aproximadamente 200 beneficiários.
Segundo a secretária adjunta da pasta, Silvia Monteiro, existem os beneficiados individualmente e aqueles que surgem como grupos, associações e cooperativas. “A Secretaria faz o levantamento social de famílias que vivem nos bairros com maiores índices de carência. Depois de traçarmos esse perfil daquelas que se encaixam em situação de extrema pobreza, avaliamos o potencial de mercado junto aos nossos parceiros”, pontua.
Para garantir o acesso das famílias aos pequenos negócios, a SEPN conta com a parceria de instituições como o Sebrae e Instituto Dom Moacyr, para a qualificação profissional delas. “Com a ajuda dos parceiros, fazemos nossos projetos e articulamos a captação de recursos, sempre com o apoio do nosso maior incentivador que é o governo do Estado”, completou Silvia.
Cadeia produtiva do café impulsionada pelos Pequenos Negócios
Uma prova de que esse modelo de investimentos é uma estratégia eficaz de desenvolvimento da economia local é o avanço na produção de café. Mesmo sendo um tipo de cultura pouco conhecida no Estado, o governo busca ampliar o número de lavouras e aumentar a renda dos produtores.
Exemplo de um negócio bem sucedido é o plantio dos produtores de Manoel Urbano, que recebeu implementos de mecanização para alavancar o trabalho. Tanto as máquinas de secar e pilar café como a melhoria dos ramais têm refletido em conquistas para a comunidade, desde o pequeno ao maior produtor.
Relmar Ferreira iniciou o cultivo de café no quilômetro 9 do Ramal São João, no município. “O governo achou a gente aqui. Antes eu vendia o quilo do café em coco a dois reais. Com o apoio já pude vender a saca por R$ 210 e estou muito satisfeito”, conta.
Além de Manoel Urbano, existem plantios de café em Feijó, Brasileia, Xapuri e Acrelândia.
