No conjunto Manoel Julião, ao lado de um supermercado. É sempre lá que José Ribamar Magalhães está diariamente esperando sua clientela para tomar água de coco.
Graças ao carrinho que impulsiona suas vendas, recebido do governo do Estado, por meio da Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), que o empreendedor obtém a renda para o sustento de três filhos que moram com ele.
Aos 55 anos, Ribamar desenvolveu problemas de saúde que lhe exigiram mais atenção. Depois de trabalhar 40 anos na área da construção civil, ele conta que o trabalho pesado foi ficando cada vez mais esporádico. E foi na venda de água de coco que agarrou a oportunidade de empreender, com mais autonomia e qualidade de vida.
“Eu moro aqui perto, faço meus horários, de vez em quando vou até minha casa e depois volto, e quando preciso resolver algo, minha filha toma conta do negócio. Pra mim, esse é um incentivo que muda a vida das pessoas. Hoje eu tenho muito prazer no que faço e sou muito grato por essa conquista”, declara.
A família de Ribamar é uma entre as mais de 22 mil contempladas com pequenos negócios no estado desde 2011.
A venda de água de coco há menos de um ano já lhe permite faturar, no mínimo, R$ 2.000 mensais.
Segundo ele, até conquistar os clientes foi um início difícil. Mas, se antes ele precisava de 100 cocos por semana para as vendas, hoje ela precisa de pelo menos 250 unidades. A polpa também é aproveitada para os refrescos que também têm agradado a clientela. E ele revela o segredo de todo esse êxito.
“Primeiro é acreditar, e depois, não desistir. Se eu tivesse parado na primeira dificuldade talvez não tivesse tido nenhum sucesso”, frisou.
Mais dignidade
Os empreendimentos entregues pelo governo do Estado fomentam tanto a economia solidária como popular. Nesse sentido, os investimentos que já somam aproximadamente R$ 30 milhões em kits individuais e coletivos e contemplam mais de 30 áreas, geram trabalho e renda nos municípios.
O secretário de Estado de Pequenos Negócios Henry Nogueira afirma que o propósito dessa política pública aos poucos vem sendo alcançado, com a promoção de autonomia e dignidade às famílias. Os beneficiários são assistidos pela secretaria nos primeiros anos. Os últimos levantamentos apontam que 60% dos empreendimentos têm êxito.
“Esse trabalho de acompanhamento às famílias é feito em várias fases. Nosso desafio agora tem sido para formalizar esses empreendimentos, e temos contado com a parceria do Sebrae para isso”, destaca Nogueira.