Na Rua Açaí, no bairro Zenaide Paiva, na periferia de Feijó, há uma pessoa com um dos maiores corações que se tem notícia na história da solidariedade humana. Trata-se de Darcília Ponce do Nascimento, que há cinco anos é mãe adotiva de nada menos que seis crianças, todas de uma mesma família, desestruturada por dependência química da mãe biológica.
“Eu já ajudava a família. Peguei uma das crianças para criar e, quando a mãe foi presa por abandonar os filhos, as outras vieram todos para minha casa para eu ajudá-las a viver”, conta Darcília, ao lembrar que a criança menor tinha um ano e meio de idade e a maior oito anos.
“As crianças vieram para a minha casa e daí eu fui fazer faxina e lavar roupa pra fora para poder sustentar elas, que não tinham roupas, viviam maltratados, doentes, com perebas”, relembra a cabeleireira feijoense, que antes era apenas dona de casa e vivia do salário do marido como diarista.
Passados seis anos, todas as crianças são saudáveis, estudam e agradecem o carinho, a dedicação e o amor dedicados pela “mãe” que lhes acolheu no meio da rua após o abandono da mãe biológica. “O que eu podia fazer? Fiz de coração porque eles me adotaram como mãe”.
Hoje, a feijoense Darcília é uma cabeleireira bem sucedida, depois que, em julho de 2011, fez o curso profissionalizante de corte de cabelo e participou de palestras de empreendedorismo, promovidos pela Secretaria de Pequenos Negócios do governo Tião Viana.
Nascida e criada no seringal Santa Maria da Liberdade, cinco dias subindo o rio Envira, e filha de uma família de seringueiros de oito filhos, Darcília Nascimento, 43 anos, casada e um filho biológico de 18 anos é uma pessoa simples, alegre e muito competente no que faz.
“Graças a Deus, a minha freguesia gosta do meu trabalho”, conta ela, que antes dos cursos e das palestras dos pequenos negócios já cortava os cabelos dos vizinhos e dos moradores do bairro, com renda mensal que não chegava a mil reais. Hoje, Darcília chega a faturar até quatro vezes mais, renda que aumenta ainda mais, segundo ela, nos meses de festas, como o de dezembro.
O maior faturamento e a melhoria da qualidade de vida da cabeleireira feijoense também vieram com os equipamentos que ela recebeu da Secretaria de Pequenos Negócios, que lhe repassou cadeira de corte, poltrona de lavatório, secador, prancha, máquina, tesoura e espelho, entre outros.
Além de reformar a casa e adquirir móveis e eletrodomésticos novos, a agora cabeleireira profissional já pode comprar uma motocicleta e uma roçadeira para o marido Francisco trabalhar como diarista. “Foi uma atitude boa e maravilhosa a que recebemos aqui. A gente só tem que se orgulhar de um governo desse”, agradece Darcília.
Mais de 24 mil pessoas beneficiadas por pequenos negócios
Nos 22 municípios do Acre, o Programa de Pequenos Negócios do governo Tião Viana já criou e ampliou mais de 6,2 mil pequenos negócios para pessoas de baixa renda. Na proporção que cada um desses pequenos negócios é tocado por um pai ou mãe de família, com média de quatro filhos, isso significa que os empreendimentos já beneficiaram mais de 24 mil pessoas carentes no estado.
O programa gera renda entre R$ 400 e até R$ 5 mil, transformando-se num dos instrumentos usados pelo atual governo acreano para promover a inclusão social, tirando da pobreza um percentual significativo de acreanos sem renda e empregos. Para este ano, a expectativa da Secretaria comandada por José Reis e Sílvia Monteiro, é criar e ampliar mais 20 mil pequenos negócios, abrangendo mais 80 mil pessoas carentes.
{xtypo_rounded2}
Os números do programa
1.192 pequenos negócios em 2011
5.171 pequenos negócios em 2012
Estimativa de mais 20 mil pequenos negócios em 2013
Meta de 8.489 pequenos negócios em serviços em 2013
{/xtypo_rounded2}