Pequenos da construção civil querem participação nas obras do Estado

No início da noite desta quarta-feira, 18, eles se reuniram com o governador Tião Viana e secretários

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O governador Tião Viana disse que não há nenhum impedimento para que os pequenos empresários do setor participem das obras (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Os próximos quatro anos vão ser de muitas obras em todo o Estado. Trata-se da pavimentação de todas as ruas dos 22 municípios, da construção de cerca de quatro mil casas populares, da construção de escolas, da recuperação de ramais, construção de pontes e outros. O volume de obras é tamanho que é provável que falte mão-de-obra no Estado e empresas não consigam produzir matéria-prima suficiente para atender à demanda.

É um imenso bolo que deve ser dividido entre grandes e pequenos empresários da construção civil. Os pequenos, no entanto, querem fatias maiores. Eles reclamam que sempre ficaram com as migalhas que sobravam das grandes empreiteiras e resolveram buscar um entendimento com o governo do Estado.

No início da noite desta quarta-feira, 18, eles se reuniram com o governador Tião Viana, com o secretário de Indústria e Comércio Edvaldo Magalhães, com o secretário de Obras Wolvenar Camargo, com o diretor-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem, de Hidrovias e de Infraestrutura Aeroportuária (Deracre) Marcus Alexandre e com o diretor-presidente do Departamento de Pavimentação e Saneamento (Depasa) Gildo César. A reunião foi para confirmar com o governador o que já vinha sendo acordado com as secretarias durante discussões anteriores.

Os empresários que participaram da reunião representam três associações – a Associação dos Pequenos e Médios da Construção Civil do Acre (Ampeac), a Associação das Empresas da Construção Civil (Aenconcil) e a Associação da Engenharia do Acre (Ange).

O governador Tião Viana disse que não há nenhum impedimento para que os pequenos empresários do setor participem das obras. Pelo contrário, de acordo com ele, esse é o desejo maior do governo do Estado. Prova disso é a decisão de realizar a pavimentação de todas as ruas do Estado com tijolo, processo que envolve um volume de mão-de-obra bem maior do que aquele empregado a partir da pavimentação com asfalto.

Viana, no entanto, teme que o volume de obra seja tanto que os pequenos empresários não sejam capazes de atender à demanda. Os empresários querem que o governo destine 30% de todas as obras contratadas pelo Estado para eles, de acordo com a previsão legal. “Me preocupa a possibilidade de vocês não darem conta de tanta obra”, afirmou o governador.

O governador determinou ainda que fossem atendidas outras reivindicações feitas pelos pequenos empresários, entre elas a que pede a unificação das planilhas de custo praticadas pelos diversos órgãos. Para tanto, está sendo criada uma comissão que vai estudar o caso e propor uma planilha única já a partir dos próximos meses. Tião Viana orientou, ainda, que os processos licitatórios sejam executados de forma a permitir a inclusão dos pequenos empresários. A maior parte das licitações de obras do governo deve acontecer já  a partir do dia 30 e já devem constar as devidas alterações solicitadas pelos empresários e autorizadas pelo governador Tião Viana.

O diretor do Depasa, Gildo César, disse que as reivindicações serão atendidas, pois são todas muito justas. “Essa é a condição de estarmos proporcionando aos pequenos uma oportunidade de trabalhar nas obras do governo”, disse César.

Ribamar Costa, presidente da Ampec, disse ter saído satisfeito da reunião. Ele elogiou o governador Tião Viana pelo cumprimento dos compromissos assumidos durante a companha eleitoral, que afirmavam a participação dos pequenos empresários da construção nas obras públicas. “Daqui a gente sai satisfeito, pois o governador mostrou ser um homem de bom-senso e atendeu nossas reivindicações”, afirmou.

João Patrício Almeida, presidente da Aencocil, reafirmou o que disse Costa sobre o cumprimento de acordos com os pequenos empresários. “O governador está dando oportunidade para que todos vivam com dignidade”, disse o empresário.

O secretário Edvaldo Magalhães, que tem acompanhado as discussões com os empresários, disse que não há  com que se preocupar, pois há obras para todos. “O volume de investimentos que está previsto para este ano, se nós tivermos a capacidade organizativa e também tivermos a sensibilidade como é  o compromisso do governador Tião Viana, vamos ter espaço para que todos possam trabalhar. Aqueles que têm uma maior capacidade vão trabalhar com maior volume de obras e aqueles que têm uma menor capacidade não vão ficar de fora, também vão ter sua oportunidade”, afirmou Magalhães.

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