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A Marinha do Brasil executa jornada de atendimento hospitalar à população ribeirinha no Rio Juruá (Foto: Onofre Brito)
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Pelo décimo segundo ano consecutivo, a Marinha do Brasil executa jornada de atendimento hospitalar à população ribeirinha no Rio Juruá. Dessa vez, porém, o navio não é o conhecido Navio de Assistência Hospitalar (Nash) Montenegro – em seu lugar veio o Nash Carlos Chagas.
Segundo o comandante do navio, capitão de corveta Paulo Silva, o Nash Montenegro está passando por manutenção, e não ficou pronto para a jornada anual ao Juruá acreano. Assim, a Marinha, para não faltar com o convênio feito com o governo do Acre desde o ano 2000, enviou o Nash Carlos Chagas.
O Nash Carlos Chagas é mais comprido e mais estreito. Seu mastro é sete metros mais alto que o do Nash Montenegro, o que resulta que ele não poderá ultrapassar a Ponte da União, não tendo acesso assim aos ribeirinhos de Porto Walter e Marechal Thaumaturgo. Para planejar as atividades, o comandante do navio reuniu-se com equipe da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).
Segundo Armed Cameli, representante da Sesacre, o governo vai facilitar a mobilidade da equipe médica do navio, fornecendo um micro-ônibus e pessoal de apoio, especialmente nos atendimentos referentes a Rodrigues Alves e Mâncio Lima.
Estrutura
O Nash Montenegro saiu de Manaus no dia 28 de janeiro e veio direto para Cruzeiro do Sul apenas com uma parada técnica em Eirunepé (AM). O planejado é que ele fique no Acre até 25 de abril. Além do atendimento no Acre, na volta o navio atenderá também comunidades ribeirinhas no Juruá amazonense.
O Nash Carlos Chagas tem estrutura semelhante ao do Nash Montenegro. Tem dois consultórios odontológicos – inclusive com cadeira de dentista móvel, que pode ser removida do navio -, duas enfermarias, uma sala de Raio-X – inclusive para uso odontológico -, um centro cirúrgico com laboratório para exames diversos e uma sala para vacinação.
A equipe de atendimento é composta por três dentistas, cinco médicos (um ortopedista, um metrologista, um ginecologista e dois clínicos) e um farmacêutico. A tripulação do navio é composta por 57 militares. O capitão de corveta Paulo Silva está em sua primeira missão como comandante de navio-hospital.
