João Evangelista elogiou o governador Tião Viana pela visão que teve sobre o negócio da movelaria e lhe deu a oportunidade de conhecer a Itália, onde visitou movelarias e pode conhecer o padrão de qualidade dos móveis de lá e a higiene dos locais de trabalho, o que procura aplicar em sua empresa.
Ele é também o presidente da Cooperativa Artes da Floresta que congrega moveleiros e marceneiros de Cruzeiro do Sul. Segundo explicou, logo no início, as primeiras empresas moveleiras instaladas no polo tinham o problema da divulgação e muita gente desconhecia a localização do polo. Tudo mudou. Depois que empresas de outros ramos começaram a ser instaladas e o trabalho das marcenarias iniciado começou um grande fluxo de gente na área, de modo que hoje quem precisa de móveis ou madeira beneficiada já tem endereço certo e conhecido.
Hélio Pedrosa é o mais antigo moveleiro de Cruzeiro do Sul e também está instalado com sua firma no parque. Para ele, a condição de trabalho melhorou muito no parque: “A área é mais apropriada para indústrias, mais folgada e não tem vizinhos que se sintam prejudicados”.
No entanto, Pedrosa faz uma ressalva: “Devido ao mercado, como geralmente produzimos por encomenda, não existe a produção em série, impedindo assim maior expansão”. Para ele, o interessante seria a especialização das diversas marcenarias.
Francisco Nunes dos Santos, um paulista que chegou a Cruzeiro do Sul em 1999, achou aqui o eldorado. Santos, chegando à cidade, depois de uma passagem por Rondônia, montou uma pequena metalúrgica, que foi crescendo até se tornar a maior do gênero na região. Para ele, a mudança da empresa para o parque foi o grande salto que possibilitou a expansão das atividades.
Hoje, a empresa tem uma série de produtos como caixas de água, reservatórios, estruturas metálicas, todo tipo de montagem de ferro. Além disso, produz tubos em concreto para bueiros em tamanhos que variam de 300 mm a 1.200 mm. A empresa atua ainda na construção civil. Atualmente, está construindo o Centro de Alevinagem e a Fábrica de Biscoitinhos de Goma, obras do governo do Estado.
Durante a Expoacre Juruá, a empresa contratou um financiamento do Banco da Amazônia no valor de R$ 990 mil para construção de um novo e amplo galpão. O galpão, já em construção, vai abrigar uma moderna máquina já adquirida, que faz piso, bloquetes, tijolos de concreto e outra que produz telhas de concreto.
Para Santos, a política industrial do governo do Acre está no caminho certo. “Graças a Deus, estou sentindo que meu lugar é aqui para sempre. Aqui achei apoio e é um lugar que está avançando”.
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