João José Gonçalves sempre trabalhou como peão de fazenda. Foram 13 anos lidando com gado leiteiro e de corte. Mas o grande sonho sempre foi ter seu pedaço de chão para poder plantar, colher e melhorar de vida.
Há dois anos, com a economia de toda sua vida, conseguiu finalmente comprar uma terra na zona rural de Porto Acre.
Com a área adquirida, surgiu um grande problema: como sempre trabalhara na pecuária, Gonçalves tinha pouco conhecimento da agricultura e precisava de ajuda. Sabia que apenas a vontade de trabalhar não seria suficiente, por isso buscou ajuda.
Foi na Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) de Porto Acre que o produtor rural encontrou a assistência técnica e a tecnologia necessárias para se tornar um exemplo de produtividade na região.
Aos poucos, a vida foi mudando. Hoje, João José Gonçalves se orgulha de sua produção. “Ter uma terra para trabalhar é muito melhor que ser empregado em fazenda e trabalhar para os outros”, revela.
Apoio para produzir sem uso do fogo
O forte da produção na área de Gonçalves é a plantação de mandioca. São 60 mil pés cultivados. Também há plantio de milho e feijão. A Seaprof ajuda com assistência técnica e equipamentos para a mecanização da área que recebe as plantações.
“Esse apoio tem sido muito importante. Se não fosse a Seaprof eu não tinha conseguido plantar tudo isso. Quero ainda mais a ajuda desse povo”, enfatiza o agricultor.
Com o apoio do governo, na propriedade de Gonçalves é proibido o uso do fogo. “Nunca usei, e pretendo nunca usar. Aprendi desde o começo que não precisa queimar para conseguir produzir com qualidade”, destaca.
Jony Idágua é o técnico da Seaprof responsável pela assistência técnica na região. Ele afirma que o sucesso na produção é resultado da parceria entre produtor e governo.
“Seu João é um pequeno produtor, mas é um exemplo. No primeiro ano dele como produtor rural, e com nossa ajuda, ele tem conseguido ótimos resultados. Dentro de pouco tempo teremos um grande agricultor em Porto Acre”, afirma.
Glenilson Figueiredo, gestor da Seaprof, destaca que Gonçalves é um exemplo a ser seguido, porque consegue produzir sem desmatar e usar o fogo.
“Todas as políticas de governo de fomento à produção estão alinhadas para permitir que o homem do campo tenha condições de plantar e colher sem derrubar e queimar. Cada dia que passa a gente consegue ver mais exemplos como esse. Isso orgulha e motiva a continuarmos trabalhando”, declara.