Pesquisadores, engenheiros e gestores públicos de vários estados brasileiros discutem os desafios de se construir estradas da região
A construção de rodovias na Amazônia pode ser considerada um capítulo a parte na história da engenharia civil. Encarar as barreiras naturais na busca de integrar cidades desenvolvidas dentro da floresta é um desafio que requer muito estudo, persistência e investimento. O clima específico da região, o alto custo dos materiais de construção, as especificidades do solo – diferente do restante país, são alguns dos fatores que tornam essa atividade tão particular nos estados amazônicos.
Discutir e apresentar essa realidade é o objetivo do I Seminário sobre Construção Rodoviária na Amazônia, realizado pelo Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária do Acre (Deracre) e Secretaria de Planejamento. Após um dia de campo com visita às obras rodoviárias da BR-364, os debates iniciam nesta sexta-feira, 28, às 8 horas, e se encerram no sábado, 29, no auditório da Federação das Indústrias do Acre – FIEAC.
O encontro conta com a parceria do Ministério dos Transportes, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Acre, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes e Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Acre (CREA). Representantes de todas essas instituições participam do encontro, assim como diretores dos departamentos de estradas e rodagens dos estados da região norte, membros do Tribunal de Contas da União (TCU), além de engenheiros e pesquisadores de várias regiões do Brasil.
De acordo com o Secretário de Planejamento e Habitação, Gilberto Siqueira, os desafios para construção rodoviária são ainda maiores no Acre, onde o custo dos materiais para construção civil é mais alto. "Tudo precisa ser importado: pedras, cimento, ferro, equipamentos pesados. Essa é uma realidade na construção da BR-364, por exemplo. Podemos dizer que essa estrada que liga Rio Branco à Cruzeiro do Sul é um grande desafio e pode ser considerada uma escola para a engenharia. Lidar com um solo tão característico como o dessa região é uma matemática que intriga até os engenheiros que já atuam na área da construção civil em outros estados da Amazônia", avalia.
Durante o encontro será feito um estudo de caso sobre a BR-364, e ao final, haverá a elaboração de um documento técnico sobre o resultado dos debates feitos durante esses dois dias de seminário.
{xtypo_rounded2}PROGRAMAÇÃO DO 1º DIA
8:00 às 8:40 – Abertura com representantes do Governo do Estado, Ministério dos Transportes, Casa Civil da Presidência da República Coord. PAC e autoridades locais e regionais.
8:40 às 9:20 – Apresentação do Ministério dos Transportes/DNIT – "PAC para a Amazônia – Obras Rodoviárias"
9:20 às 10:00 – Apresentação da SEPLAN e Consórcio CONIRSA/Peru – "Eixos de Integração Sul-Americana na Amazônia – Rodovia Interoceânica
10:00 às 10:20 – Intervalo
10:20 às 11:00 – Apresentação do DERACRE – "Plano de Ação da Rodovia Federal BR-364"
11:00 às 11:40 – Debate sobre os temas apresentados
12:00 às 14:00 – Almoço livre
14:00 às 14:40 – Palestra do Instituto de Pesquisas Rodoviárias – IPR
14:40 às 15:20 – Palestra técnica "Mecânica dos Pavimentos e Metodologia MCT aplicada à Amazônia"
15:20 às 16:00 – Palestra técnica "Asfaltos modificados por polímeros – Conceitos e Aplicações na Amazônia"
16:00 às 16:20 – Debates sobre os temas apresentados
16:20 às 16:40 – Intervalo
16:40 às 17:20 – Palestra técnica "Uso de Materiais de baixa capacidade de suporte e alta expansão para uso em camadas de pavimento na BR 364/AC"
17:20 às 18:00 – Apresentação da empresa OUTEC
18:00 às 18:20 – Debate sobre os temas apresentados
18:20 às 18:30 – Encerramento do 2º dia{/xtypo_rounded2}