O tráfico humano, terceira modalidade criminosa mais lucrativa do mundo, será tema de debate no painel aberto ao público intitulado “Mulheres e Homens pela Paz e contra o Tráfico de Mulheres e a Violência Sexual”, na noite desta quarta-feira, 5, das 19 às 22 horas, nas dependências do Memorial dos Autonomistas, reunindo autoridades e lideranças. O evento é uma realização da Associação de Mulheres pela Paz com o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Políticas paras as Mulheres (SEPMulheres).
De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o lucro anual dessa atividade criminosa chega a 31,6 bilhões de dólares, sendo que 85% das vítimas entregues à exploração sexual são mulheres. O Acre, por fazer fronteira com dois outros países, – Bolívia e Peru – apresenta fatores de vulnerabilidade que serão debatidos no Painel.
Dentre as participações ilustres estão lideranças internacionais, da Suíça, Indonésia, Argentina e Uruguai, das quais duas delas foram indicadas ao prêmio Nobel da Paz, em 2005, – Dewi Rana e Beatriz Bezano – pelo projeto Mulheres Pela Paz Ao Redor Do Mundo, que mapeou mil mulheres dos cinco continentes que atuavam em defesa dos direitos humanos de minorias.
Na ocasião, será lançado o livro ‘Brasileiras Guerreiras da Paz’, que reúne 52 histórias fascinantes de mulheres que lutam por um mundo mais justo. Na lista, nomes conhecidos para os acreanos, como de Marina Silva e da secretária da SEPMulheres, Concita Maia, se misturam a desconhecidas do grande público.
A Associação Mulheres Pela Paz é presidida por Clara Charf, hoje com 87 anos, um das maiores ativistas brasileiras pela Paz e dirigida por Vera Vieira. Contam com o apoio da Associação Mulheres pela Paz ao Redor do Mundo (Suíça), EED (Alemanha), Fundação Avina, Fundação Ford e Secretaria de Políticas para as Mulheres do Governo Federal.