Pacientes que aguardam TFD para prótese de quadril estão sendo cirurgiados no HC

Os mutirões de cirurgias, deste ano, começaram na segunda-feira, 21, com os ligamentos de joelho em seis pacientes (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Os mutirões de cirurgias deste ano começaram na segunda-feira, 21, com os ligamentos de joelho em seis pacientes (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O Acre é um dos Estados da Região Norte com menor tempo de espera para cirurgias ortopédicas. Isso graças à parceria do governo do Estado com a equipe do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), que vem até Rio Branco realizar cirurgias de alta complexidade dos pacientes com indicação para Tratamento Fora de Domicilio (TFD) no joelho, quadril e coluna.

Os mutirões de cirurgias deste ano começaram na segunda-feira, 21, com os ligamentos de joelho em seis pacientes que já esperavam o procedimento. No período de 22 a 26 deste mês, os atendimentos serão para prótese de quadril, no qual serão cirurgiados aproximadamente 25 pacientes. As cirurgias são realizadas no Hospital das Clínicas, e a equipe é composta por 17 pessoas, entre eles os profissionais da área de ortopedia do Acre.

“Os investimentos do governo do Estado na área da saúde vêm ampliando o acesso e diminuindo o tempo de espera por TFD. Para se ter uma ideia, esses pacientes estão aguardando pela cirurgia há menos de quatro meses. Isso é um avanço, porque em cidades com mais recursos os pacientes ficam na lista de espera por mais de três anos”, garante Ediná Monteiro, do TFD.

"É um grande esforço que o governo faz para tentar reduzir o tempo de espera das cirurgias ortopédicas", diz Suely Melo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“É um grande esforço que o governo faz para tentar reduzir o tempo de espera das cirurgias ortopédicas”, diz Suely Melo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

As cirurgias de implantação de prótese de quadril fazem parte do projeto do governo do Estado em diminuir o tempo de espera para os pacientes que já tenham laudos da especialidade e necessitam de encaminhamento para cidades como Rio de Janeiro. São pessoas com artrose, artrites ou vítimas de acidentes com sequelas por fraturas.

“A parceria com o Into existe desde 2003. A equipe vinha de uma a duas vezes por ano. Na gestão do governador Tião Viana esse trabalho foi intensificado. É um grande esforço que o governo faz para tentar reduzir o tempo de espera das cirurgias ortopédicas”, diz Suely Melo.

A secretária diz ainda que a própria construção do Hospital de Traumato-Ortopedia representa o grande esforço feito pelo governador Tião Viana em prol dos avanços da saúde pública do Acre. A previsão de inauguração é no fim deste ano.

Com as intervenções feitas no Acre, a Secretaria de Estado de Saúde economiza uma média de R$ 300 mil com passagens de ida e volta para pacientes e seus acompanhantes. Além disso, o paciente tem a comodidade de realizar o procedimento junto da família, com mais comodidade e segurança, sem prejuízo na qualidade do serviço.

“Não é só o custo financeiro que nos impulsiona. Nós trabalhamos para reduzir essa demanda aqui no Estado, porque sabemos o quanto é importante a população se sentir amparada, perto da família, sem ter que arcar com essas despesas, na maioria das vezes sem poder”, ressalta Suely Melo.

A previsão de inauguração do Hospital de Traumatologia é no fim deste ano (Foto: Arison Jardim/Secom)

Previsão de inauguração do Hospital de Traumatologia é no fim deste ano (Foto: Arison Jardim/Secom)

Parceria

A parceria entre o Acre e o Into existe desde 2003, por intermédio do governo do Estado e do então senador Tião Viana. O coordenador do Projeto Suporte do Into, anestesiologista José Luís Ramalho, lembra que o complexo hospitalar mantém 30 convênios com todos os Estados brasileiros e em nenhum deles o tempo médio de espera é inferior a um ano. “Em lugar nenhum do Brasil acontece o que vemos no Acre. Uma pessoa se inscreve no TFD em novembro e em abril já está aqui fazendo a cirurgia. A gente viaja muito e tem essa visão global. A população do Acre é privilegiada.”

O Into tem hoje uma fila de espera de 22 mil pacientes. O hospital tem fila de até seis anos para pacientes residentes no Rio de Janeiro, onde se localiza o instituto. A próxima visita de uma equipe do Into será em junho para atender a demanda de cirurgias de joelho.

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