A rotina quase sempre estressante comum a um ambiente hospitalar pode afetar na qualidade dos tratamentos realizados. Buscando contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes do Instituto de Nefrologia do Hospital das Clínicas do Acre, o Governo do Estado, por meio da Diretoria de Humanização da Gestão Pública da Fundação de Cultura Elias Mansour, lançou nesta quarta-feira, 3, a terceira edição do Artecura.
O projeto busca promover, através da arte e da sensibilização, ações que contribuam na qualidade de vida dos pacientes, servidores e acompanhantes, como contação de histórias, teatro, atividades de construção coletiva, pesquisa e registro das memórias, e experiências vividas, como mecanismo de interação e comunicação entre paciente e servidores (gestores, funcionários, médicos, enfermeiros, técnicos e demais pessoas).
As atividades serão realizadas todas as terças e quartas-feiras, de manhã e à tarde, em parceria com a equipe de humanização do HC, da Nefrologia e agentes de leitura da Biblioteca da Pública. O Artecura ainda irá oportunizar o envolvimento dos grupos de pacientes, acompanhantes e servidores, que se revezam nos serviços de hemodiálise no Hospital das Clínicas.
“Acreditamos que a arte também cura e que é um forte instrumento de sensibilização, no sentido de motivar pacientes, familiares e equipe de profissionais a encontrar as formas possíveis de realizarmos e construirmos essas atividades juntos. Por isso, contamos com a colaboração e participação das pessoas que fazem parte desse convívio para nos ajudarem a fazer esse projeto, que tem foco na qualidade de vida delas próprias”, declarou a diretora-presidente da FEM, Francis Mary Lima.
Quanto à importância do Artecura para o desenvolvimento do trabalho com os pacientes em tratamento no instituto, a coordenadora da nefrologia, Aurea Freire, declara: “A humanização é muito importante, e no ambiente hospitalar é fundamental. O projeto foi muito aguardado pela equipe e pelos pacientes, pois essa rotina da hemodiálise é estressante, e eles precisam ver esse ambiente em que passam grande parte dos seus dias como uma segunda casa, como um lugar para ser feliz. É essa nossa expectativa: melhorar a qualidade de vida de todos e aproximar equipe e pacientes”, disse.
“São coisas novas que estão aparecendo para nós agora e que nos deixam felizes. Faz-nos sentir lembrados, e é bom receber essas atividades, que são demonstração de carinho. Só temos a aplaudir a iniciativa e agradecer o carinho e a dedicação que todos nos oferecem aqui durante o tratamento”, disse o paciente da Nefrologia Marcos Adriano Costa.
A diretora de humanização, Elineide Medeiros, também fala a respeito do Artecura. “É um momento lúdico, no qual os pacientes poderão esquecer por alguns instantes suas enfermidades e se fortalecer espiritualmente para enfrentar esse processo de doença de forma mais agradável, e que a gente espera que seja breve para todos.”