Pacientes diagnosticados com a doença Jorge Lobo serão atendidos nesta segunda-feira

A equipe médica do Instituto Lauro de Souza Lima, da cidade de Bauru (SP), realizará consultas e exames aos portadores da doença Jorge Lobo e cromomicose, de 25 a 29 de junho. Na segunda-feira, 25, os atendimentos serão oferecidos aos pacientes que residem em Brasileia e Epitaciolândia, no Posto de Saúde de Epitaciolândia.

Nos dias 26, 27 e 29 (terça, quarta e sexta-feira) o acolhimento ocorre no ambulatório do Programa de Dermatologia Sanitária, em Rio Branco. Já na quinta-feira, 28, a equipe irá atender Sena Madureira.

A gerente do Programa Estadual de Dermatologia Sanitária, Franciely Gomes, orienta que todos os pacientes procurem o serviço. As pessoas que residem nos demais municípios podem comparecer na dermatologia estadual para consulta.

“Temos hoje no Acre mais de 80 pessoas fazendo tratamento contra essa doença, e para garantir mais comodidade aos pacientes o governo do Acre expandiu o serviço para outros municípios. Rio Branco e Sena Madureira são as cidades que mais registram casos da doença. Essa equipe vem ao Acre acompanhar a evolução do tratamento para obtenção da cura dos pacientes”, informa Franciely.

Ainda de acordo com ela, as pessoas devem ficar atentas aos sintomas da doença, como, por exemplo, lesões com aspecto nodular, tipo queloide, ocasionando coceiras no local. As regiões mais atingidas pelas inflamações são orelhas, braços e pernas, o que prejudica a estética do doente e dificulta o convívio social. “É importante que, ao observar algum desses sintomas, procure de imediato o serviço de dermatologia para confirmar ou descartar a suspeita. Toda doença detectada precocemente é mais fácil curar”, afirma.

Doença Jorge Lobo ou lobomicose

É uma micose profunda e rara causada por um fungo conhecido por Lacazia Loboi, que se desenvolve apenas em regiões tropicais. Provoca lesões únicas ou múltiplas na pele do indivíduo com aspecto nodular ocasionando coceiras no local. A doença de Jorge Lobo é típica da região amazônica. O Brasil se apresenta atualmente como um dos líderes em casos de lobomicose. As pessoas que adquiriram essa doença geralmente são as que trabalharam na vegetação – no corte da seringa ou na extração da castanha. Ainda não foi possível detectar o local certo onde que se encontra o fungo transmissor.

De acordo com Franciely, a doença e a cura estão sendo estudadas pelos médicos pesquisadores do Instituto Lauro de Souza Lima, de Bauru (SP), com o objetivo de descobrir como a doença se transmite e qual a terapia adequada para o tratamento.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter