Pacientes com fissuras lábio palatais serão atendidos na Fundação Hospitalar

Procedimentos cirúrgicos já eram realizados, e a partir de agora todo o acompanhamento também acontece em Rio Branco 

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Secretário de Saúde, Osvaldo Leal, diz que 84 pacientes vão poder fazer tratamento no Acre acompanhados por equipe multiprofissional (Foto: Angela Peres/Secom)

Transformando defeitos em sorrisos. Com base nesse conceito o Governo do Estado, através da Fundação Hospitalar, amplia o Programa de Reabilitação e Assistência ao Fissurado da Face (PRAFF). A partir de agora o trabalho de acompanhamento dos pacientes começa ser realizado em Rio Branco no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).

O PRAFF trata os pacientes com fissuras de lábio e palato (céu da boca). São malformações congênitas que ocorrem devido a falta de fusão dos processos maxilares e palatinos. Os portadores além do problema estético, apresentam distúrbios funcionais, desde a alimentação até a fonação.

De acordo com o secretário de Saúde, Osvaldo Leal, há cinco anos os pacientes já estavam sendo cirurgiados na Fundação, no primeiro momento equipes médicas do exterior vinham ao Estado para realizar as cirurgias e em seguida formou uma equipe que passou a desenvolver os procedimentos cirúrgicos regularmente.

Com a ampliação do Programa, 84 pacientes deixarão de viajar para Bauru, interior de São Paulo, e serão acompanhados por uma equipe médica multiprofissional, composta por cirurgiões, odontólogos e fonoaudiólogos. “As pessoas com a malformação serão acompanhadas sem a necessidade de deixar o Estado. Isso representa um avanço no PRAFF”, destacou o secretário.

Todo paciente que apresentar fissura deve procurar a Fundação Hospitalar do Acre para se cadastrar no Programa. Após esse primeiro momento é marcada a avaliação, e posteriormente a equipe multiprofissional elabora um plano de tratamento adequado para cada caso, dando as orientações necessárias aos pacientes.

“O tratamento necessita de um trabalho conjunto. A equipe está preparada para fazer o acompanhamento”, disse uma das coordenadoras do Programa, Wânia Torjal.

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Maria José sonha com o dia em que a filha, que tem uma fissura palatal, possa falar e ter uma vida normal (Foto: Angela Peres/Secom)

Wânia informa ainda que pacientes do interior também serão atendidos na Fundação, podendo ser abrigados durante o tratamento da Casa de Passagem, coordenada pela Central de Articulação das Entidades de Saúde (Cades). Clarice Nascimento, 4, mora em Cruzeiro do Sul, e é uma das pacientes que está na Casa de Passagem enquanto aguarda o início do tratamento. Ela possui uma fissura palatal (céu da boca) que a impede de falar. “O meu maior sonho é ver minha filha ter uma vida saudável”, disse a mãe Maria José.

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