Paciente comemora dois anos de transplante de fígado bem sucedido

A história de luta de Francisco Marques de Souza de 62 anos começou em 1991 ao descobrir que era portador do vírus da hepatite C. Foram anos de tratamento até conseguir negativar o vírus. A cura veio, mas a doença deixou sequelas no fígado, no ano 2000 foi detectada uma cirrose hepática de grau leve.

“A cirrose não me incomodava tanto, mas sempre fiz acompanhamento médico e me cuidei pra evitar surpresas desagradáveis”, disse Marques.

Quatorze anos depois do descobrimento da cirrose mais um susto: uma tomografia revelou um câncer de fígado. “Foi em julho de 2014 quando eu realizava exames de rotina. Fui atendido pelo doutor Tércio Genzini que me incluiu imediatamente na fila de transplantes”, contou.

Quatro meses depois, no dia 13 de novembro de 2014 um telefonema avisou da possível cirurgia de transplante. Ele seria o quinto a passar por esse procedimento no Acre. “Fiquei nervoso, mas confiante em Deus e na equipe médica. Tinha outra pessoa concorrendo o mesmo fígado e fui abençoado com a compatibilidade do órgão”.

A cirurgia foi realizada no dia 14 de novembro de 2014 uma da manhã. Sete horas depois, Marques saiu do centro cirúrgico com o novo órgão e uma vida nova.

“Hoje faço exatamente dois anos que fui operado e a palavra que define essa data é gratidão a todos os envolvidos. Ao governador por manter o doutor Tércio Genzini e ao programa de transplantes ativo aqui no estado, a equipe médica que é sempre tão dedicada e a família que me doou o órgão e me permitiu continuar vivendo.”

Transplantes no Acre

O programa de transplantes do estado já possibilitou que 622 pessoas comemorassem a oportunidade de ter recebido um órgão novo e saído da fila de espera por um doador compatível.

Foram 165 transplantes de fígado, 175 de córneas e 282 rim. Cerca de 350 pacientes receberam órgãos transplantados em outros estados via Tratamento Fora de Domicílio (TFD) da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).

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