Por Eliane Sá
O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), coordenado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), realizou de 9 a 13 de novembro, a capacitação em metodologias, ferramentas e geotecnologias que podem ser utilizadas na gestão de monitoramento ambiental e no apoio ao combate aos ilícitos ambientais. O curso foi ministrado para a equipe de monitoramento ambiental da 17ª Brigada de Infantaria de Selva de Rondônia. Participou também da capacitação o coordenador de geoprocessamento da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia (Sedam), Diogo Martins Rosa.
A diretora-executiva da Sema, Vera Reis Brown, reforçou que o objetivo do treinamento é capacitar a equipe técnica da 17ª Brigada do Exército para utilização de dados e metodologias aplicadas no Cigma. “Essa capacitação surge de uma solicitação do general Lima, que durante a visita que o general Mourão fez ao Acre, percebeu que nossa metodologia integrada é eficiente no combate aos crimes ambientais”.
A diretora destacou ainda que o Cigma gera relatórios, boletins informativos, avisos relativos ao monitoramento do uso da terra, níveis dos rios, situação de inundação e seca.
Como parte da atualização estão sendo ministradas práticas referentes aos principais sistemas utilizados pelo Cigma, como o Terra MA2/Acre, Purple Air, Terra Brasilis / DETER, FIRMS/EO Browser, Map Biomas Alerta, bem como a capacidade de interação desses sistemas com o Google Earth e o QGIS.
O chefe da Inteligência da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, tenente coronel Rodrigo Pereira Pinto, enfatizou a importância da parceria entre os estados do Acre e Rondônia para o desenvolvimento das tecnologias voltadas ao monitoramento ambiental. “É de suma importância, principalmente quando ocorrem eventos críticos de desmatamento, queimadas e enchentes”.
De acordo com o analista de tecnologia militar, José Mario Fraga Miranda, com os dados das plataformas utilizadas no Cigma iniciou-se o desenvolvimento de um aplicativo a ser integrado ao já existente “Guardiões da Amazônia” para a emissão de alertas de inundação no Acre e Rondônia, bem como alertas de qualidade do ar a partir dos dados da Rede de monitoramento da qualidade do ar do Ministério Público do Acre (purpleair.com).
“O conhecimento adquirido pelos militares e civis incrementa capacidades capazes de agregar valor às ações da 17ª Brigada de Infantaria e Selva na Operação Verde Brasil 2, possibilitando maior conhecimento situacional para que sejam tomadas decisões mais adequadas e oportunas na prevenção e repressão aos crimes ambientais, refletindo em ainda em melhores resultados para a GLO Ambiental em curso”, disse o Major José Mauro de Moura Alves Júnior, responsável pela coordenação da missão.