O Teatro Universitário da Universidade Federal do Acre (Ufac) foi palco na noite desta terça-feira, 4, da abertura da 8ª Conferência Estadual de Saúde, que teve o tema “Democracia e Saúde: Saúde como Direito, Consolidação e Financiamento do SUS”.
Organizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), o evento reúne delegados dos 22 municípios entre usuários, trabalhadores e gestores de saúde no Acre, se estendendo ainda pelos dias 5 e 6 de junho.
A Conferência é realizada de quatro em quatro anos para elaborar os planos que serão adotados pelo mesmo período. O vice-governador Major Rocha esteve presente na abertura e destacou a importância de um evento dessa magnitude, com representantes de todo o Acre, não discutindo simplesmente os problemas da saúde, mas todos juntos em busca de soluções.
“Avançamos muito com a criação do SUS na Constituição de 88, mas entendemos que através da Conferência podemos avançar muito mais com o debate. E vamos tentar construir a saúde que o povo acreano anseia. Temos muitos gargalos, mas há um esforço muito grande do governador Gladson Cameli para que as coisas aconteçam”, destaca Major Rocha.
Com o objetivo de avaliar e planejar políticas públicas para a saúde, a 8ª Conferência Estadual está organizada para a discussão de três eixos temáticos: Saúde como direito; Consolidação dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e Financiamento adequado e suficiente para o SUS.
Presidindo a Conferência, o secretário estadual de Saúde, Allyson Bestene, destacou ainda os esforços pela defesa do SUS.
“Honra-me muito fazer parte desse momento onde vamos poder discutir políticas públicas de saúde para o nosso estado. Sabemos dos grandes desafios constantes dentro da saúde, por isso ela precisa de momentos como esse, com todos que fazem parte desse sistema”, conta o secretário.
Rumo ao nacional
O coordenador da Conferência no Acre, Carlos Henrique, ressalta que o objetivo de reafirmar, impulsionar e efetivar os princípios e diretrizes do SUS para garantir a saúde como direito humano, a sua universalidade, integralidade e equidade, com base em políticas que reduzam as desigualdades sociais e territoriais.
“Nós queremos tirar daqui as demandas da sociedade, seus anseios para a saúde desenvolvida pelo estado. Já tivemos as etapas municipais, agora a estadual e em agosto teremos a nacional. São três dias de discussão para reforçar o SUS com um financiamento que proporcione essa universalidade”, disse.
Palestrante da noite de abertura, a representante do Conselho Nacional de Saúde, Vanja Santos, destaca que esse é um movimento democrático de luta por melhoria nos gastos com a saúde.
“Não podemos ter a precarização dos serviços. Temos bandeiras econômicas e sociais que precisam ser debatidas e vamos levar as pautas para Brasília”.