Nesta quinta-feira, 18, o governo do Acre, por meio do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), que preside a Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGdRA), promoveu a oficina de trabalho Vulnerabilidade à Seca de 2017.
Os representantes que compõem a comissão estiveram reunidos no auditório da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), para apresentar as ações intersetoriais de enfrentamento aos desastres naturais desenvolvidos em 2016 e articular novas propostas para este ano.
Nos últimos dois anos, o nível do Rio Acre registrou as marcas de 18,40 metros, caracterizando o maior volume de cheia, e posteriormente alcançou o pior cenário de seca do manancial, com 1,30 metro, de acordo com as medições realizadas pela Defesa Civil Estadual.
“Com esses dados, há um grande indicativo de que o clima está mudando drasticamente. Atento a esses cenários, este seminário vem marcar a construção de um plano de prevenção, combate e controle a esses eventos climáticos extremos, que podem trazer uma série de consequências à sociedade e ao meio ambiente”, relata o titular da Sema, Edegard de Deus.
O gestor relembra que nos anos de 2005 e 2010 também ocorreram graves secas que atingiram vários municípios acreanos, fato que impacta diretamente a produção agrícola, a segurança alimentar e o acesso à água potável, entre outros aspectos.
“A gestão estadual tem aprimorado cada vez mais a sua rede de monitoramento hidrometeorológico, bem como as ações de acompanhamento dos focos de calor e riscos de fogo, além de proporcionar maior agilidade nos processos e resposta rápida da Defesa Civil”, disse.
Participam da oficina, como palestrantes especiais, pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e meteorologistas do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
Abastecimento público
O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) segue com o modelo estabelecido em julho do ano passado, no qual as Estações de Tratamento de Água (ETAs) da capital recebem o auxilio de bombas em balsas flutuantes.
“Todos os dias monitoramos os equipamentos e trabalhamos para captar a quantidade de água necessária para distribuir à população. Com a experiência do ano passado, continuaremos com os mesmos esforços e atentos às movimentações do rio, e pedimos a colaboração dos consumidores para que evitem qualquer forma de desperdício”, informa o superintendente do Depasa em Rio Branco, Miguel Félix.