Obras que transformam comunidades

Com a proximidade do verão, Deracre tem tudo pronto para retomar obras como o asfaltamento do último trecho da BR-364 até o Juruá, avançando, mesmo sob chuvas, urbanização em Capixaba e Assis Brasil

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Obras garantem emprego e renda na cidade

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Avenida Edmundo Pinto passa por transformações

O verão está se aproximando e o Governo do Estado, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Hidrovias e Infraestrutura Aeroportuária do Acre (Deracre), mobiliza-se para a retomada de obras como a duplicação da rodovia AC-40 e o asfaltamento da BR-364 no trecho entre Sena Madureira e Feijó, além do programa de melhoria dos ramais do Quixadá, Boa Água e Mutum, em Rio Branco, e Batoque e Linha 3, em Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul, respectivamente.

O verão, que para o Deracre começa em maio, traz de volta o programa de conservação das rodovias estaduais e federais. Muitas obras, no entanto, não param, mesmo sob o rigor do inverno. Entre elas se incluem duas que estão promovendo mudanças radicais em Capixaba, com a duplicação da Avenida Edmundo Pinto, que é o nome da BR-364 no perímetro urbano, e em Assis Brasil, com o asfaltamento da Avenida Raimundo Chaar. Ambas estão em fase de conclusão.

São obras de grande alcance sob todos os aspectos, mas principalmente de importante impacto social: geram emprego e renda e elevam a qualidade de vida da comunidade. "Eu estava desempregado antes de essa obra começar", disse o auxiliar de servente Rondineli da Cunha Gifane, 26, que nesses dias trabalha na construção dos quiosques de alimentação na Praça da Igreja. Nascido em Assis Brasil, o trabalhador passou meses sem emprego fixo e carteira assinada, semelhante situação do colega Jackson Santos Coelho, 27, casado, pai de três filhos. Coelho estava desempregado quando começaram as obras de asfaltamento e urbanização da Avenida Raimundo Chaar e entornos. Por entornos compreende-se as vias conectadas à Chaar, como a rua Benedito Batista, que dá acesso ao Marco Rondon. Ali, naquela região histórica às margens do Rio Acre, na fronteira com o Peru, onde o marechal Cândido Rondon fincou o marco estabelecendo a configuração territorial do Brasil, o Deracre irá construir uma praça com vários espaços de convivência. 

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Nesse contexto, a Raimundo Chaar se apresenta como uma via estruturante na cidade de Assis Brasil. São mais de 750 metros sob intervenção desde o fim do asfalto até a Escola Estadual Simon Bolívar, constando da melhoria ou implantação de três praças. O custo da obra é de mais de R$ 2,4 milhões, com recursos do Tesouro Estadual e do BNDES (fase III). O projeto é para asfaltamento da via principal com implantação de duas faixas de rolamento, duas faixas de estacionamento, calçadas com dois metros de largura nas duas margens da via, paisagismo e iluminação pública diferenciada.

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São mais de 750 metros sob intervenção do Deracre na Avenida Raimundo Chaar em Assis Brasil

Portal da Estrada do Pacífico, Assis Brasil tem um comércio empolgado pelo projeto de integração com o Peru e pelas obras na cidade. "A cidade fica com um aspecto melhor, o que ajuda em todos os setores", observou Gezildo Bonfim Bezerra, o Bebé, comerciante e liderança política no município.

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O comerciante Bebé está otimista

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A prefeita da cidade se diz feliz com as obras

Ruas adjacentes estão também sob intervenção, e a frente de obras nas praças chama a atenção. "Certamente vai ficar melhor", afirmou o taxista Clodoaldo Campos, que há cinco anos faz ponto na Praça da Prefeitura. A prefeita de Assis Brasil gosta de ser reconhecida como Professora Eliane, compartilha do mesmo sentimento da população considerando um projeto "ousado" do Governo do Estado. "Gostaria de agradecer ao governador Binho Marques por essas obras", disse, lembrando que há dez anos tanto a zona rural quanto a cidade recebem sistematicamente frentes estruturantes do Governo do Estado. "Tenho certeza de que a população está feliz", afirma a prefeita.

"Mais qualidade de vida para quem vive na cidade e para os moradores da floresta"

assis_brasil_foto_gleilson_miranda_06.jpgEla fala com a convicção de uma liderança: para Odinéia de Araújo Teixeira, a Néia, as obras que estão mudando completamente a cidade de Assis Brasil têm reflexos na qualidade de vida não apenas do homem urbano, como dos trabalhadores da floresta. "Quando as pessoas vêm para a cidade e tomam conhecimento do que está acontecendo, essas obras de melhoria, elas se sentem melhores, cresce a autoestima delas", disse Néia, que é presidente da Associação dos Moradores  e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes.

"Asfalto dá  uma visão melhor para a  cidade"

assis_brasil_foto_gleilson_miranda_11.jpgA professora aposentada Luzia Araújo tem 65 anos e há mais de quarenta mora na mesma casa na rua Benedito Batista, que liga a Avenida Raimundo Chaar ao Marco Rondon. Luzia é testemunha viva dos tempos de dificuldade. "Aqui era tudo barro, lama", conta. A rua já está asfaltada e homens da empreiteira contratada pelo Deracre trabalham na calçada. Da varanda de sua casa, a professora vê a movimentação dos operários e diz se sentir valorizada como moradora. "O asfalto dá uma visão melhor para nossa cidade."

CAPIXABA

Obras transformam  cidade 

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Obras garantem espaço para tráfego de todo tipo de veículos

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A obra também garante calçadas para a segurança dos pedestres

O prefeito de Capixaba, Joais Santos, não exagera quando diz que as obras da Avenida Edmundo Pinto estão produzindo "uma outra cidade". Até pouco tempo, os moradores de Capixaba, pedestres e ciclistas, disputavam espaço na BR-317 com veículos de  todo tamanho – até ônibus e carretas. Uma situação de extremo perigo que, mesmo com as obras de urbanização em andamento, já é coisa do passado, pois o Deracre construiu a ciclovia protegida por canteiros. "O trânsito já começa a ficar mais seguro e as pessoas passaram a caminhar com mais alegria pela cidade", afirma o prefeito. Capixaba é cortada pela rodovia, cujo movimento, com o advento da Estrada do Pacífico, não para de crescer.

"Assim, com a rua dividida, ficou bem melhor", completou Rauldão Silva Souza, comerciante que há quatro anos mantém a Confecções Dois Irmãos, uma pequena loja de artigos de vestuário às margens da BR-317.

O projeto de urbanização e duplicação de 1.280 metros da Avenida Edmundo Pinto, principal via da cidade de Capixaba, está sendo executado pela construtora Ábaco, sob a coordenação da gerência de Vias Públicas do Deracre, com custo de R$ 4,3 milhões. São recursos em parte do Tesouro Estadual e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES – fase 3).

Capixaba, antiga Vila Gavião, é um município  oficializado pela lei 1.027, de 28 de abril de 1992, e está situado numa Zona Especial de Desenvolvimento (ZED). Foi desmembrado dos municípios de Rio Branco e Xapuri e está situado no Baixo Acre. Encontra-se às margens da BR-317, distante 77 quilômetros de Rio Branco. No auge do extrativismo do látex, contribuiu com boa parte da produção de borracha do Estado.

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Na Avenida principal da cidade, a obra contempla um espaço para pequenos comerciantes

"Espetáculo"

capixaba_foto_gleilson_miranda_12.jpgNascido no seringal Gavião, uma das várias comunidades rurais de Capixaba, Francisco Erlilson dos Santos é conhecido popularmente como "Sardinha" e iniciou a vida de empreendedor vendendo refresco no calçadão que hoje está se transformando em um moderno e confortável centro comercial com 28 lojas. "Sou o primeiro a ter um comércio ali", disse, elogiando o trabalho que está transformando completamente a cidade. "Está ficando um espetáculo", completa "Sardinha", que hoje, aos 54 anos, é proprietário de pelo menos três negócios na cidade.  "Somos muito gratos ao governador Binho."

"A gente se sente mais seguro"

capixaba_foto_gleilson_miranda_13.jpg"É o primeiro projeto nesse modelo", disse o diretor-presidente do Deracre, Marcos Alexandre, ao explicar a implantação de um canteiro que ao mesmo tempo é equipamento urbanístico e de proteção de ciclistas e pedestres. As ciclovias são separadas da via principal por tachões. Em Capixaba, os canteiros oferecem segurança total para quem usa bicicleta ou caminha pelas calçadas, o que determina a humanização do projeto.

"Prefiro andar por aqui", disse o estudante do ensino médio Renato Batista, que usa a ciclovia mesmo que parte ainda esteja em obras. "A gente se sente mais seguro."

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Palmeira-jerivá: resistência e verde na via

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Palmeiras-jerivá compõem o cenário da nova Avenida

O Deracre mandou plantar cerca de 200 árvores da palmeira-jerivá no canteiro central da Avenida Edmundo Pinto.  "A espécie foi escolhida por ser resistente", disse Alexandre. A primeira experiência com a palmeira foi na Nova Avenida Ceará, no trecho entre a Agroboi e a rua Oscar Pereira. O sucesso do plantio, cujas perdas foram mínimas, tem levado o Deracre a ampliar o uso da planta em seus projetos.

Jerivá e coquinho são dois nomes vulgares do Syagrus romanzoffiana, palmeira que no Brasil é nativa da Mata Atlântica e que pode ser encontrada em diferentes tipos de florestas – e que, melhor de tudo, tem se adaptado bem no Acre, terra de clima diferente de seus ambientes anteriores. O jerivá também é chamado  como baba-de-boi, coco-catarro, coqueiro, coqueiro-gerivá, gerivá, coquinho ou jeribá. Vem da família Palmae. A fruta, amarela, que é ovalada, não passa de três centímetros na sua parte maior, tanto que são cerca de 100 unidades por quilo, chegando a produzir cerca de 140 quilos – e isso chama a atenção das que estão plantadas na Ceará. O fruto é normalmente degustado por animais como papagaios.

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