Onde se vê pavimento, o jovem Ezequias Souza, 19 anos, morador do bairro Portelinha, em Porto Walter, viu oportunidade de empreender e melhorar de vida com dignidade. Ele mora em uma das ruas do bairro em que o governo do Acre realizou obras de infraestrutura de pavimentação, água e esgoto sanitário, investindo mais de R$ 2,2 milhões.
Após a chegada da infraestrutura, Ezequias decidiu dar um passo importante, inaugurando um estabelecimento ao lado de sua casa. “Aprendi a cortar cabelo com um tio. No fim do ano passado, quando arrumaram a rua, decidi abrir a barbearia e, graças a Deus, todo dia tem cliente. Agora fica fácil, né, porque a rua é toda no tijolo”, comenta o jovem empreendedor.
Mas a realidade do bairro nem sempre foi de acesso facilitado. O morador recorda as dificuldades enfrentadas quando se mudou para o local. “Antes era muito ruim porque quando a gente ia para a escola era um sacrifício, quando chovia era muita lama. Quando cheguei para morar aqui, há três anos, a rua era só um caminho com capim”, recorda.
Mudança de realidade
As ações são parte do Programa de Saneamento Ambiental e Inclusão Socioeconômica do Acre (Proser), executado pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) e Secretaria de Estado de Planeamento (Seplan).
“A Portelinha é simbólica. Era o bairro de pior infraestrutura da cidade de Porto Walter. Priorizamos esse bairro como forma de demonstração do compromisso do programa e do governador Tião Viana com os mais pobres”, afirmou Edvaldo Magalhães, diretor-presidente do Depasa.
Para realizar 1,3 quilômetros de ações de infraestrutura com pavimentação integrada à rede de água e esgoto no Portelinha, o governo do Estado precisou arrojar em logística e ter como aliados o sol e a chuva.
No período de chuvas na Amazônia, os rios, que ficam com níveis mais elevados e mais favoráveis à navegação, viraram as vias para transporte de insumos para as obras. Assim, máquinas, tijolos, brita, ferros e demais insumos foram transportados para o município em balsas. No verão, com os insumos estocados em solo, começam as obras.
Toda essa operação requer uma estratégia de governo com planejamento que deve ser seguida rigorosamente, para que o tempo seja aliado e as obras se deem dentro do prazo, levando mais qualidade de vida e dignidade para os munícipes das regiões onde o acesso só se dá por via aérea ou fluvial.
“Virou o melhor lugar para se morar Porto Valter. Tudo valorizado. Neste ano teremos muitos outros lugares que receberão os mesmos benefícios realizados na Portelinha”, anunciou Magalhães.